No episódio desta semana, Mariana Santos, João Dinis e Miguel Magalhães falam sobre "Mestres do Ar", minissérie sobre a Segunda Guerra Mundial produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks que conclui a trilogia iniciada em "Irmãos de Armas" e "The Pacific". Estará a nova série da AppleTV+ à altura das expectativas e do legado das antecessoras, adoradas tanto pela crítica como pelo público?
Ouve o episódio de “Mestres do Ar” aqui
"Mestres do Ar" é uma minissérie sobre a Segunda Guerra Mundial baseada em factos reais ocorridos nas operações levadas a cabo pela 8.ª Força Aérea Americana, uma unidade de pilotos de bombardeiros que combateu as forças militares da Alemanha Nazi entre 1942 a 1945. Inspirada num livro com o mesmo nome ("Masters of the Air: America's Bomber Boys Who Fought the Air War Against Nazi Germany", do biógrafo Don Miller), tem o seu grande chamariz nos produtores executivos ligados ao projeto: Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman, a mesma equipa por detrás das multipremiadas minisséries "Irmãos de Armas" (2001) e "The Pacific" (2010).
Para quem gosta do tipo de leitura estilo "The True Story Behind", a revista TIME publicou recentemente um artigo sobre a 8.ª Força Aérea Americana.
“Mestres do Ar” é vista como a história que fecha esta trilogia sobre a II Guerra Mundial (pelo menos até vir outra série e virar tetralogia): "Irmãos de Armas" mostrou o ponto de vista dos paraquedistas da Companhia Easy, "The Pacific" o dos fuzileiros no rescaldo imediato do ataque japonês a Pearl Harbor e, agora, a série da AppleTV+ mostra o combate contra as forças nazis a partir dos céus.
Ao longo de nove episódios, a estrearem semanalmente às sextas-feiras — os três primeiros já estão disponíveis —, a série centra-se nas vivências e experiências de vários homens dessa unidade durante as suas missões, que são liderados por dois Majores: o Major Gale “Buck” Cleven (Austin Butler, o "Elvis" que venceu o Óscar, mas que ainda não se esqueceu do sotaque do “Rei”) e o Major John “Bucky” Egan (Callum Turner), dois amigos que se conheceram nos tempos de recruta e que, embora sejam totalmente diferentes um do outro, são unha com carne e carregam aos seus ombros muito da história — ao estilo do que já tínhamos assistido em "Irmãos de Armas" com os oficiais Richard Winters (Damian Lewis) e Lewis Nixon (Ron Livingston).
Quando Steven Spielberg e Tom Hanks se juntaram (enquanto produtores-executivos e vindos de fresco de “O Resgate de Soldado Ryan”) para adaptar o bestseller ("Band of Brothers") de Stephen E. Ambrose (conhecido historiador e especialista norte-americano em matérias de Segunda Guerra Mundial) para a HBO, as filmagens demoraram quase um ano e acabaram por fazer a série mais cara de sempre (na altura). Mas o elevado custo compensou porque o realismo e qualidade era semelhante ao que se via no cinema. Em matérias de televisão, sobre guerra, não havia nada sequer equiparável. "Irmãos de Armas" não era uma série documental (embora contasse com testemunhos reais) e os soldados eram atores, mas “cheirava” tudo a autêntico. O mesmo aconteceu com “The Pacific” quase 10 anos depois. E muito por culpa de todo este legado, “Mestres do Ar” era uma das séries mais aguardadas desde que foi anunciada.
Se a espera valeu a pena? Sim, até porque é injusto dizer o contrário. "Mestres do Ar" a nível técnico e produção é de lhe se tirar o chapéu. As cenas aéreas são um regalo e deslumbram: são emotivas, imersivas e transportam o espectador para o interior dos enormes bombardeiros B-17 — ou não fossem um constante recordar da brutalidade dos combates nos céus. No entanto, se esquecermos o ambicioso e incrível festim visual (a série custou uns alegados 250 milhões de dólares e isso nota-se!), será que podemos afirmar em toda a linha que estamos perante o mesmo nível de "Irmãos de Armas"?
Por aqui no Acho Que Vais Gostar Disto a resposta a essa pergunta não é conclusiva. Portanto, remetemos a questão para quem nos segue e lê: e vocês, o que acharam de “Mestres do Ar”?
Nos créditos finais, falamos sobre a disputa de direitos entre a Universal e o Tiktok, Griselda (Netflix), NASCAR: Full Speed (Netflix) e Argylle (nos cinemas).
🕵️♂️ Recomendação para o fim de semana
Anatomia de Uma Queda (Cinema). O filme de Justine Triet ganhou a Palma de Ouro em Cannes e está nomeado em cinco categorias dos Óscares (Melhor Filme, Realização, Atriz Principal, Argumento Original e Montagem). Chegou esta semanas às salas nacionais e é um daqueles casos em que nada é preto no branco e nada é o que parece.
Sinopse: Sandra, uma escritora alemã (Sandra Hüller), o seu marido francês Samuel e o filho Daniel, de onze anos, vivem um ano de forma isolada numa cidade remota dos Alpes franceses. Quando Samuel é encontrado morto na neve, caído do chalé, a polícia questiona se terá cometido suicídio ou se foi assassinado. Perante a tese de homicídio, Sandra torna-se a principal suspeita. Pouco a pouco, o julgamento irá revelar-se não apenas uma investigação das circunstâncias da morte de Samuel, mas uma inquietante viagem psicológica às profundezas da relação conflituosa do casal.
🎞️ Créditos Finais
O que se passou na cultura pop?
Música. Adele anunciou quatro espetáculos na Alemanha em agosto, Lana Del Rey vai ter um novo disco (“Lasso”) virado para o country, Beth Gibbons (a vocalista de Portishead) vai estrear-se a solo ainda este ano, Billy Joe tem uma nova canção ao fim de 17 anos. Ah, e os Pearl Jam já apresentaram o seu novo disco a um grupo de restritos no famoso Troubadour — e onde Eddie Vedder confidenciou que 12.º álbum de estúdio da banda é o melhor (“Sem exageros, penso que é o nosso melhor trabalho”).
Pirataria cresceu em 2023. O consumo ilícito aumentou quase 7% no ano passado. “The Last of Us” e “Oppenheimer” foram os preferidos.
Suits bate recorde de The Office. A série dos advogados bem vestidos cujo selo Harvard Law School é obrigatório (ou não) é a série com o maior número de minutos vistos num único ano nos EUA. (Por cá, as nove temporadas estão disponíveis na Netflix).
“I Am: Céline Dion” (Prime Video - Sem data de estreia). Documentário que aborda a batalha da cantora canadiana contra a síndrome da pessoa rígida, uma doença neurológica.
Supergirl. Milly Alcock, a mais jovem das duas Rhaenyra Targaryen de “House of the Dragon”, é a nova Mulher de Aço do universo da DC de James Gunn.
Dark Places. Gillian Flynn, a autora do livro que deu origem ao filme “Gone Girl”, vai voltar a colaborar com a HBO depois de “Sharp Objects”. Desta vez, para revisitar por episódios o seu romance “Lugares Escuros” (o livro já foi adaptado para cinema em 2015, com Charlize Theron no papel principal).
Os melhores de Sundance. De acordo com 166 críticos, estes são os melhores filmes da última edição do famoso festival de cinema independente.
🎥 Let’s look at the trailer
Constellation (Apple TV+ - Estreia dia 21 de fevereiro)
Série de sci-fi com Noomi Rapace e Jonathan Banks (o Mike de “Breaking Bad”).The Ministry Of Ungentlemanly Warfare (Cinema - Estreia a 18 de abril)
Filme de ação/comédia com Henry Cavill. Inspirada em eventos reais, conta a história da primeira organização de forças especiais britânica, na qual está um tal de Ian Fleming.Gru - O Maldisposto 4 (Cinema - Estreia a 4 de julho de 2024)
O supervilão favorito do mundo regressa para uma nova e excitante era de caos.Monkey Man (Cinema - Estreia a 5 de abril)
Filme de ação estilo John Wick protagonizado e realizado por Dev Patel (“Quem Quer Ser Um Milionário?”).Ricky Stanicky (Prime Video - Estreia a 7 de março)
Comédia de Peter Farrelly (“Green Book - Um Guia Para a Vida”, “Doidos por Mary”) com Zac Efron e John Cena.The Ones Who Live (AMC+ - Estreia nos EUA a 25 de fevereiro)
Nova aventura no universo de The Walking Dead, centrada em mais uma jornada de Michonne e Rick.Immaculate (Cinema - Estreia a 28 de março)
Filme de terror em que Sydney Sweeney (“Euphoria”) é uma freira que viaja para Itália e encontra Álvaro Morte (o Professor de “A Casa de Papel”).
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