Após 32 anos e inúmeros filmes baseados no clássico do Steven Spielberg, Jurassic World: Rebirth estreia-se nas salas de cinema com uma nostalgia pela narrativa original.
O ano era 1993, a Universal Pictures tinha acabado de lançar o Jurassic Park e, sem o saber, revolucionou a indústria cinematográfica e o Cinema como o conheciam. Com um software inovador, com as CGI (imagens geradas por computador) e os efeitos especiais, o filme de Steven Spielberg alterou completamente a qualidade dos filmes de ficção e a expectativa do espectador.
Hoje, em 2025, Jurassic World: Rebirth regressa às suas origens, ignorando o que aconteceu na saga The Jurassic World, todos os seus atores, e fazendo uma espécie de reset da narrativa.
O filme começa com um recuo no tempo, em Ile Saint-Hubert, ilha onde cientistas mudavam geneticamente os dinossauros e criavam novas espécies perigosas. Durante uma experiência, uma embalagem de um chocolate Snickers (sim, parecia que alguém ia saltar de um lado qualquer a dizer “Tu não és tu quando tens fome”) é sugada pela ventilação de uma porta, que provoca uma falha no sistema de segurança do parque e leva a que a ilha seja evacuada.
17 anos mais tarde, a existência de dinossauros é normalizada e o filme acompanha uma equipa, constituída por Martin Krebs (Rupert Friend), Zora Bennett (Scarlett Johansson), Dr. Henry Loomis (Jonathan Bailey), Duncan Kincaid (Mahershala Ali) e vários tripulantes, que têm o objetivo de extrair ADN de três criaturas diferentes para investigação médica.
Em primeira instância, é interessante ver a evolução que o software, as CGI e os efeitos especiais tiveram ao longo dos tempos. Numa diferença de apenas 32 anos e com dinossauros como o Titanosaurus, o Spinosaurus, o Quetzalcoatlus, ou o clássico T-Rex, no ecrã, Jurassic World: Rebirth (2025) tem um realismo que nem se pensava possível em 1993 e demonstra como o perfil do espectador se foi alterando em três décadas.
Mas, enquanto esta evolução é admirável e surpreendente, também aumenta a dificuldade de impressionar o público. Já não serve apenas colocar um dinossauro no guião para impressionar os fãs e é nisto que o filme falha. Claro, das primeiras vezes em que aparece uma destas criaturas, é aflitivo e entusiasmante ver a ação a desenrolar. No entanto, a quantidade de vezes que vemos a Scarlett Johansson a lutar pela vida contra um Mutadon, ou qualquer outro dinossauro deformado, é exaustiva. Temos ataque atrás de ataque, ao ponto que os jumpscares deixam de fazer efeito. Chegamos ao fim com uma fadiga, que podia ser interessante caso fosse bem executada, mas é completamente desnecessária e tira parte do entusiasmo. Ainda para mais para quem não tem particular interesse em dinossauros, algo que o clássico de Steven Spielberg desafiava muito bem.
Mas pelo lado positivo, é muito cativante ver a química entre os atores no Jurassic World: Rebirth (2025). Já todos tínhamos saudades de ver a Scarlett Johansson a lutar pela vida contra criaturas estranhas e a apaixonar-se pelo investigador meio nerdy que mal se consegue defender. (E ainda melhor quando esse é protagonizado pelo talentoso Jonathan Bailey.) Os atores conseguiram construir uma tensão que adiciona dimensão e motiva a acabar de ver o filme.
Concluindo, a decisão de voltar às origens foi muito inteligente. Os filmes da saga The Jurassic World não foram os mais apelativos, em termos de narrativa, e a nostalgia que funcionou outrora leva agora muitos dos fãs dos clássicos aos cinemas. No entanto, não deixa de ser repetitivo e não faz sentido voltar a entrar em produção com outro filme neste mundo que não seja bem pensado e inovador, porque estes dinossauros, como eles mostraram numa Nova Iorque fictícia, já não chocam, como chocavam em 1993.
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