No último episódio do podcast, o Miguel Magalhães e o João Diniz falam sobre a estreia da semana nos cinemas: “Guerra Civil”, de Alex Garland.
Ouve aqui o episódio sobre “Guerra Civil” (já nos cinemas)
“Guerra Civil”, um dos filmes mais aguardados do ano, estreou esta semana nos cinemas portugueses. Escrito e realizado pelo britânico Alex Garland (“Ex Machina”, “Aniquilação”), conta com a chancela da A24, a produtora que nos trouxe os oscarizados “Moonlight” e “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”.
Nesta história, passada num futuro próximo sem data concreta, os Estados Unidos da América estão a ser dilacerados por um conflito armado entre uma aliança secessionista de múltiplos estados e um presidente fascista de três mandatos (que decidiu, entre outras coisas, desmantelar o FBI e comportar-se como um ditador).
Tal como em “Aniquilação”, Garland dá-nos a conhecer a distopia desta América através de um pequeno grupo de protagonistas. Neste caso, de um grupo de jornalistas, incluindo a fotógrafa de guerra Lee Smith (Kristen Dunst), o seu parceiro de reportagem Joel (Wagner Moura), o veterano do New York Times Sammy (Stephen McKinley Henderson) e a aspirante a fotógrafa Jessie (Cailee Spaeny).
Juntos, naquilo que Garland considera ser uma carta de amor ao jornalismo e aos repórteres de guerra, vão fazer uma dura “road trip” de Nova Iorque, onde se encontram, até Washington DC, a capital norte-americana, na esperança de serem os primeiros a entrevistar e fotografar o presidente moribundo que as Forças Ocidentais (uma das várias fações secessionistas, esta uma aliança entre a Califórnia e o Texas) e a Aliança da Flórida estão na eminência de derrubar.
Neste episódio do podcast, tentamos perceber se as críticas mais ou menos generalizadas que se têm feito (a de que não tem propriamente uma história compreensível, em que conhecemos as personagens e chegamos ao fim de uma viagem a saber mais do que sabíamos antes; e a de que o realizador quis fazer um filme político mas depois acobardou-se a dar a sua opinião sobre o tema) são ou não justas.
Quanto a Garland, o britânico já se pronunciou sobre as criticas. Frisou que “Guerra Civil” é propositadamente esquivo ao nível político para “gerar debate” e que preferiu destacar o trabalho dos que arriscam as suas vidas para documentar a história dos horrores e violência da guerra.
Inegável, contudo, é o rótulo de “experiência” atracado ao filme. Muitos são vendidos como “imersivos”, mas este é-o na real aceção do termo. Não é de fácil digestão, é uma composição fotográfica violenta, é intenso do início ao fim. Mas independentemente de que lado se esteja - nas críticas à narrativa -, quando começam a rolar os créditos, ninguém consegue sair da sala escura indiferente. E é por isso que, quem estiver a pensar em espreitar “Guerra Civil”, se tiver a oportunidade de o fazer no cinema, deve fazê-lo.
Nos Créditos Finais, falámos sobre Baby Reindeer (Netflix) e The Sympathizer (HBO Max).
🎞️ Na Internet, no mundo e na cultura pop
Taylor Swift. A cantautora norte-americana deixou os fãs em Estado de Sítio esta madrugada ao revelar o lançamento de “The Tortured Poets Department: The Anthology”, um disco-duplo com 15 canções novas. Já disponível nas plataformas de streaming habituais.
Timothée Chalamet já canta como Bob Dylan e há vídeo e tudo.
DiCaprio como Sinatra? Martin Scorsese deverá realizar um biopic sobre o autor de “Fly Me To the Moon”. Com o seu colaborador habitual, Leonardo DiCaprio, no papel principal.
Childish Gambino. Donald Glover anunciou que o próximo álbum do seu alter-ego musical será o último e que será a banda sonora do filme “Bando Storm and the New World”.
Quentin Tarantino. Afinal, “The Movie Critic” não será o último filme do realizador. Projeto fica na gaveta e o 10.º e derradeiro filme será outro.
Atriz detetive vira detetive na vida real. A atriz Mariska Hargitay, durante a rodagem de um episódio de “Law & Order: Special Victims Unit” em Nova Iorque, foi confundida com uma detetive (real). Mas isso não a impediu de ajudar uma jovem perdida a encontrar a mãe.
Aonde É que Pára a Polícia! Pamela Anderson vai contracenar com Liam Neeson no remake do conhecido filme de comédia dos anos 80 protagonizado por Leslie Nielsen.
Fallout. Prime Video renova série-sensação baseada num dos franchises de videojogos mais vendidos de sempre e que contou com a produção-executiva de Jonathan Nolan e Lisa Joy (“Westworld”).
🎥 Let’s look at the trailer
Trap (Cinema)
Transformers One (Cinema, animação)
Nightwatch: Demons Are Forever (Filme)
A Man in Full (Netflix)
You Can't Run Forever (Filme)
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