Acho Que Vais Gostar Disto: Sherlock já não é o melhor da família
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Hoje, trago a história de um novo membro da família Holmes, de um documentário sobre os bastidores de ser um treinador e de uma série distópica que coloca frente-a-frente ciência e religião no futuro. Para leres já de seguida!
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Elementar, caro Sherlock
É um sinal dos tempos. A procura por maior representatividade feminina na sétima arte levou a um maior investimento em narrativas de super-heroínas, em filmes dirigidos por mulheres e até a uma discussão sobre se o agente 007 deveria ou não passar a ser também uma mulher. Neste contexto, o universo de Sherlock Holmes, criado por Sir Arthur Conan Doyle, arranjou uma forma de ganhar maior relevância. Como? Através da irmã mais nova do popular detetive.
“Enola Holmes” é o seu nome e a premissa do filme baseado na sua história vem tentar justificar a expressão “primeiro vem o rascunho e depois a obra-prima”, transformando talvez o mais popular detetive de sempre num mero rabisco. No entanto, o objetivo do filme não é, de todo, depreciar o legado de Sherlock Holmes e apagar a renovada fama que ganhou na última década, primeiro com a saga de filmes protagonizada por Robert Downey Jr e, depois, com a consagrada série britânica “Sherlock”, liderada por Benedict Cumberbatch. De certa forma, esta nova adaptação dá-lhe até um equilíbrio e uma imagem melhor, com menos obsessão e até um menor complexo de superioridade.
Mas voltando as atenções para a nova protagonista, estamos no final do século XIX e Enola foi toda a vida educada de forma moderna pela mãe, conhecida como uma ativista dos direitos das mulheres. Um dia, quando a mãe desaparece subitamente, a jovem Holmes decide pedir ajuda aos irmãos - Sherlock e Mycroft - que já não vê desde que era pequena. Contudo, as coisas não correm bem como está à espera: as pistas que a mãe deixou fazem pouco sentido; Mycroft, que fica como seu tutor, não gosta das suas maneiras más e quer mandá-la para uma escola de etiqueta; e quando decide fugir e procurar a mãe em Londres, Enola cruza-se com um jovem “nobre” inglês que não só está a ser seguido por um assassino, como pode ser a chave para uma nova lei no país.
Sempre com Sherlock como uma espécie de anjo protetor, a mais jovem dos Holmes terá uma decisão difícil para tomar. Ou encontrar a mãe e continuar escondida em Londres ou salvar o novo amigo e arriscar acabar num lugar onde não quer.
Caras conhecidas: Millie Bobby Brown (Eleven de “Stranger Things”) como Enola Holmes, Henry Cavill (aka Super-Homem) como Sherlock Holmes e Helena Bonham Carter como mãe de Enola e dos irmãos Holmes.
Uma personagem do séc XXI: Enola não está presente nas 56 histórias originais escritas sobre o famoso detetive. Foi criada, em 2006, por Nancy Springer numa abordagem diferente a este universo.
Para saberes mais: neste artigo da Vulture encontras mais algumas curiosidades sobre esta personagem.
O sucesso das equipas começa no balneário
É algo que não ouvirás muitos “treinadores de bancada” dizer, quando se apressam a identificar, passados poucos minutos de jogo, tudo aquilo que está errado com a equipa que apoiam. Reclamam com o jogador molengão, ficam incrédulos com o falhanço do avançado à frente baliza e suspiram com a bola que o guarda-redes deixou entrar. E quem fala de futebol, fala de basquetebol e dos cestos falhados ou de ténis e das bolas que acabam ora no fundo da rede ora fora de campo.
O novo documentário da Netflix “The Playbook” acompanha as histórias de cinco treinadores, no qual explicam o seu amor pelo desporto no qual se especializaram e partilham algumas dicas que os ajudaram a levar as equipas ou atletas que treinaram ao sucesso. Um dos episódios é muito próximo do nosso coraçãozinho, visto que é focado no “Special One” José Mourinho e, de uma maneira ou de outra, todos estamos mais ou menos familiarizados com o percurso e com alguns dos melhores momentos do treinador português. Mas uma das coisas que mais gostei de ouvir, nas suas palavras, foi a vez em que, castigado e proibido pela UEFA de estar no banco e no balneário do Chelsea numa eliminatória da Liga dos Campeões, Mourinho arranjou uma maneira de se esconder no cesto da roupa do balneário para poder estar ao lado dos seus jogadores ao intervalo.
Outros treinadores que fazem parte desta série de cinco episódios são:
- Doc Rivers, atual treinador da equipa da NBA Los Angeles Clippers (e campeão da NBA em 2008 pelos Boston Celtics).
- Patrick Mouratoglou, treinador da campeã de ténis Serena Williams (por muitos considerada a melhor jogadora de sempre).
- Jill Ellis, treinadora que levou a seleção americana de futebol à conquista de dois mundiais.
- Dawn Staley, treinadora americana que já dominou a arte de jogar basquetebol tanto dentro como fora das quatro linhas.
Fun Fact: o documentário ou série de entrevistas é produzido pela produtora de LeBron James, que, para além de ser um fã e investidor do Liverpool (que Mourinho nunca treinou e já derrotou por diversas vezes na liga inglesa), é também rival de Doc Rivers ao ser a estrela da principal equipa de LA, os Los Angeles Lakers.
“What pressure?”: relembra alguns dos melhores momentos de Mourinho.
Religião contra ciência… outra vez
Não existem muitos realizadores que conseguem criar entusiasmo à volta de um projeto apenas por o seu nome estar associado ao mesmo. Ridley Scott é um desses nomes incontornáveis depois do sucesso da saga Alien, de “Blade Runner”, de “Gladiador” e, mais recentemente, de “The Martian”.
O mais recente projeto no qual se viu envolvido foi “Raised by Wolves” da HBO, no qual serviu como produtor executivo e diretor dos primeiros dois episódios. Na história, passada já no futuro, em pleno século XXII, a humanidade evoluiu para um ponto em que humanos e andróides (robôs humanizados criados por humanos) convivem e que, segundo sabemos, travaram uma guerra durante vários anos. Não um clássico “a la Exterminador Implacável” de humano contra robô que quer destruir o mundo, mas sim entre duas fações, ambas compostas por humanos e androides, em que o que as distinguia é, na realidade, a fé. Uma fação tecnocrática, que privilegia a ciência e que recusa a fé (e humanos criaram andróides programados para pensar dessa maneira) e outra fação profundamente religiosa, com instituições religiosas estabelecidas e que criaram androides para suportar os diferentes movimentos de fé.
Spoiler alert, logo no primeiro episódio, descobrimos que o lado da fé ganhou e levou “dois andróides ateus” sobreviventes a deslocarem-se para outro planeta que não a Terra e a tentarem lá criar uma colónia de novos membros da fação derrotada. Os seus nomes são Mãe e Pai, papel que desempenham ao criar uma nova civilização de pequenos ateus, amantes da ciência. A adaptação não corre como esperado e, não só apenas um dos embriões que tinham sido artificialmente criados sobrevive, como ainda por cima começa a desenvolver tendências religiosas. Porém, a guerra não acabou tecnicamente. Não enquanto o “andróide-mãe”, que é mais máquina de guerra que robô, arranjar maneiras de manter vivo o plano de renascimento de uma nova civilização contra a fé.
Não se trata de bons contra maus: à medida que acompanhamos a história, percebemos que não há um lado certo e errado e que, tanto de um como do outro, existem pontos de vista com os quais nós nos conseguimos relacionar. Mesmo que a série aconteça quase dois séculos à nossa frente!
Não fica por aqui: depois de 10 episódios na primeira temporada, a segunda temporada já foi confirmada pela HBO.
Com direito a podcast: HBO produziu também um podcast que acompanhasse a série episódio a episódio. Ouve aqui o primeiro.
Créditos Finais
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21 de setembro: O dia imortalizado pela canção “September” dos Earth, Wind and Fire tem sido celebrado todos os anos pelo YouTuber Demi Adejuyigbe. Este ano não foi exceção.
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