Acho Que Vais Gostar Disto: O James Bond da Geração Z
Olá! Na semana em que a Disney+ chegou a Portugal, aposto que muitos de vocês já se puseram a rever muitas das séries que ocuparam as manhãs da nossa infância no Disney Channel (estou com vocês, fãs de Hotel Doce Hotel). Para aqueles que estão a planear maratonas de Star Wars e da Marvel, também estou do vosso lado, tenho só de marcar na agenda. Na edição de hoje da newsletter, falo da série-estrela da mais recente plataforma de streaming, de uma série onde tudo se resolve com um interrogatório e ainda de um agente secreto para a juventude. Para leres já de seguida!
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A Força continua connosco
Foi preciso quase um ano de espera para vermos a plataforma da Disney chegar ao nosso país. Com mais momentos de nostalgia do que novidades para regalo dos nossos olhos, não deixa de ser um serviço que certamente será um sucesso por cá. Da mesma maneira que a Netflix escolheu o “House of Cards” como cara do serviço para entrar em muitos territórios, a Disney+ optou por “The Mandalorian” para ganhar a nossa atenção (também não tinham muito por onde escolher, sejamos sinceros).
Integrada no universo de Star Wars, a série decorre cinco anos após o episódio VI, onde Luke Skywalker e companhia derrotaram o Império, restabelecendo o equilíbrio da Força e iniciando um período de paz que se mantém quando clicamos no “Play” do primeiro capítulo desta nova história. Na Nova República, os mandalorians são a elite dos caçadores de recompensas e viajam pelos confins da galáxia em missões a pedido de vários grupos, incluindo antigos generais imperiais que agora vivem nas sombras.
Os dois episódios disponíveis na plataforma não permitem termos ainda uma imagem bem definida desta nova realidade galáctica, mas deixam-nos criar alguma empatia pelo Mandalorian, representado por Pedro Pascal (“Narcos” e “Guerra dos Tronos”), e apresentam-nos a um Baby Yoda, que o Mandalorian acaba por salvar numa das suas aventuras. Contudo, para os fãs da saga, posso dizer que a magia, o ritmo e o carisma das personagens a que os filmes nos habituaram continuam a estar lá e, tendo os Emmys uma importância relativa, as diversas nomeações recebidas pela primeira temporada da série dão a entender que os episódios lançados nas próximas semanas serão merecedores da nossa paciência.
Quem está por detrás da série? Jon Favreau que também foi o diretor responsável pelo live-action do “Rei Leão”.
A segunda temporada já a caminho: com os restantes seis episódios da primeira temporada a saírem nas próximas semanas, já podes marcar a estreia da segunda no teu calendário: 30 de outubro. Fica aqui com o trailer, para quando estiveres livre de spoilers.
A origem do Baby Yoda: antes de saber o que quer que fosse sobre a série, pensei por momentos que a imagem do Baby Yoda significava que esta ia abordar a origem do famoso Mestre Jedi. Na verdade, a personagem de “The Mandalorian” apenas pertence à mesma casta do “pequeno cavaleiro” e o seu próprio nome não passa de um produto da Internet quando ainda não tinha uma designação oficial.
Enquanto exploras a Disney+: temos um guia sobre o que poderás gostar mais, na plataforma que chegou esta semana a Portugal.
A beleza de uma sala de interrogações
Quem acompanha a newsletter, sabe que são raras as ocasiões em que não incluo a sugestão de uma série criminal. Todos gostamos de um bom mistério e o que não tem faltado nos últimos anos são histórias complexas construídas à volta de personagens de detetives e dos passos que dão para investigar os crimes pelos quais ficam responsáveis.
No entanto, da mesma maneira que é difícil fugirmos a uma receita culinária e à expressão “mas eu sempre fiz assim”, as séries criminais por vezes podem parecer repetitivas, mesmo quando acontecem com personagens, locais e contextos diferentes. Há, pelo menos, um detetive ou um par de detetives que são as estrelas da equipa. Há um crime ou conjunto de crimes macabros que acabam por ter ligações a uma teia de conspirações. Há um passado conturbado para uma ou mais personagens que, no final, acabam por conseguir encontrar algum tipo de “sossego” e “perspetiva” quando tudo fica resolvido.
“Criminal” acaba por esquecer um bocadinho estas regras-clichês e foca a história num dos principais aspetos da investigação criminal: o interrogatório. A série da Netflix tem a particularidade de se ter expandida para várias versões europeias, nomeadamente, uma inglesa, uma francesa, uma alemã e uma espanhola. Podem ter pensado numa edição portuguesa, mas quando o detetive de referência do nosso país é um cão, é díficil justificar o investimento aos diretores da plataforma de streaming.
Assumo o desconhecimento que tenho das séries dos países que ainda partilham uma união monetária e política com Portugal, mas vi a segunda temporada da versão inglesa que estreou esta semana. Em cada um de quatro episódios, uma equipa de quatro detetives alternam entre si na procura da verdade, enquanto questionam um suspeito/testemunha, do qual tentam extrair informação essencial para a resolução do crime, através de diversas estratégias de interrogatório.
Uma testemunha que sabe demasiado sobre o caso, um homem que vê a sua vida dar uma volta de 180º com uma acusação de violação, uma mulher-vigilante que tenta resolver crimes pela polícia sem pensar nas consequências e um condenado que tenta usar um crime não-resolvido como moeda de troca para reduzir a sua pena serão os casos que a equipa de “Criminal” terá de encontrar um desfecho.
Participações de luxo: o ator Kit Harington, conhecido pelo seu papel como Jon Snow em “Guerra dos Tronos” e o ator Kunal Nayyar, que durante doze temporadas foi Rajesh Koothrappali em “A Teoria do Big Bang”.
Outras novidades da Netflix: a terceira temporada de “Baby”, a estreia da série “Ratched” e os filmes “Sempre o Diabo” e “O Paramédico”.
O James Bond da Geração Z
Não é todos os dias que o tema espionagem se torna algo trendy entre a faixa etária mais jovem do planeta Terra. Talvez apanhemos um #007 numa foto de alguém a beber um vodka Martini no Instagram ou um #JamesBond num TikTok em que um(a) jovem tenta recriar a famosa sequência apelido-nome-apelido do agente britânico enquanto dança uma música de Taylor Swift. Talvez o grupo reduzido de pessoas que põe as mãos ao volante de um Aston Martin também faça coisas semelhantes, mas fora estes exemplos, é difícil de imaginar… até agora.
“Alex Rider” estreou ontem no AXN e conta a história de um jovem adolescente britânico que, entre smartphones, engates e festas de amigos, se vê obrigado a tornar um agente secreto com a missão de salvar o mundo. Como é que alguém passa de dar likes e enviar DMs em redes sociais para combater o crime de um momento para o outro? Passo a explicar.
Rider vive uma vida relativamente normal. Apesar de ser orfão, desde criança que foi criado pelo seu tio, que conta com a ajuda de uma espécie de babbysitter para garantir que o sobrinho se mantém longe de problemas. O seu melhor amigo é Tom, desempenhado por Brenock O’Connor, que ficou conhecido pelo seu papel como Olly em “Guerra dos Tronos”, que, depois de trair Jon Snow, ganhou um ódio mundial, só superado pela reação geral à última temporada da popular série da HBO. Com ele, Alex faz tudo o que um adolescente é suposto fazer, incluindo colocar-se em sarilhos para conseguir ir a uma festa de amigos.
O seu tio, por outro lado, não leva uma vida tão simples. Apesar de se fazer passar por um banqueiro, é na realidade um agente secreto e o seu última missão leva-o a procurar o culpado pelo assassinato de dois bilionários cujos filhos frequentaram a mesma instituição de ensino para adolescentes problemáticos. Quando se aproxima de uma resposta, o tio de Alex acaba por seguir o mesmo pobre destino e deixa o seu sobrinho com um monte de perguntas, motivadas por raiva e tristeza que quer ver respondidas.
Usando alguns dos ensinamentos que lhe foram passados ao longo dos anos, o jovem Rider acaba por descobrir a base da agência onde o tio trabalhava, feito que leva o seu diretor a fazer-lhe um ultimato mascarado de oferta, que este não poderá recusar: salvar o mundo ou ver a sua vida piorar ainda mais.
Quando os livros são respeitados: a série é baseada na saga de livros criada por Anthony Horowitz. Com 90 milhões de exemplares vendidos desde que a primeira aventura foi lançada em 2000, é um dos maiores sucessos do género de espionagem do século XXI.
A primeira vez não foi muito boa: em 2006, a história foi adaptada pela primeira vez no grande ecrã com o título “Stormbreaker” (nome do primeiro livro da saga), mas acabou por ser um flop comercial. Com um orçamento de 40 milhões dólares, fez apenas 24 milhões de dólares nas salas de cinema.
Para mais séries do AXN: fica aqui com a programação do canal, para os próximos dias.
Créditos Finais
Have You Met Ted? O primeiro episódio de How I Met Your Mother estreou há 15 anos e nada como relembrar o melhor resumo alguma vez feito da série.
“Essa série é apenas uma cópia barata de Friends”: se fazes parte deste grupo, fica com uma lista da Variety dos 30 melhores episódios da popular sitcom.
Accio PS5: é o feitiço que nos apetece fazer depois da revelação de Hogwarts Legacy, o jogo do universo de Harry Potter que vai chegar à consola em 2021.
Brad Pitt e Jennifer Aniston reunidos: não, não voltaram a ser um casal, pelo menos não na vida real. Os dois atores juntamente com nomes como Julia Roberts, Sean Penn, Matthew Mcconaughey e Shia Labeouf fizeram uma recriação online do filme “Fast Times at Ridgemont High”, cujas receitas foram dadas a uma instituição de caridade.
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