Acho Que Vais Gostar Disto: Ser incompreendido não é o fim do mundo
Olá! Como vão essas férias? Já te estás a pôr a par de todos os filmes e séries que estavam por ver na tua lista? Nesta edição de “Acho Que Vais Gostar Disto”, falamos de dois homens incompreendidos e de um grupo de super-heróis que têm novamente de juntar forças para evitar que o mundo acabe. Para leres já de seguida!
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Se fossem apenas pontapés na bola, a história seria diferente
O futebol está cheio de histórias de jogadores que tinham tanto para dar e que acabaram por não alcançar o potencial que tinha sido estabelecido para si. Muitos deslumbraram-se com dinheiro que nunca tinham visto, depois de virem de um contexto mais humilde. Outros não conseguiram lidar com a pressão que foi posta em si numa idade tão precoce. Mas a história de Nicolas Anelka não se inclui em nenhuma destas categorias.
O documentário da Netflix “Anelka - O Incompreendido” estreou esta semana e mostra o lado de um jogador que se viu envolvido em polémicas durante toda a sua carreira. Nele, o jogador francês aproveita para dar a sua versão dos acontecimentos mediáticos que o levaram a ter uma relação complexa não só com os media, mas também com os fãs dos clubes por onde passou. Entre mudanças de clube e escândalos fora das quatro linhas, existem claramente dois eventos que o deixarão gravado nos livros de história do futebol.
Em 1997, a sua transferência - com a apenas 17 anos - do Paris Saint Germain para o Arsenal de Arséne Wenger revolucionou para sempre o futebol jovem internacional, permitindo que jovens deixassem de ser obrigados a assinar o seu primeiro contrato profissional com o clube que os formou, o que não deixou a Federação Francesa de Futebol muito satisfeita.
Em 2010, em pleno Mundial na África do Sul, uma discussão com o selecionador francês Raymond Domenech, ao intervalo de um jogo com o México, levou a que um alegado insulto seu fosse capa do L’Equipe. O que se viveu de seguida foi a pior crise de relações públicas vivida por uma seleção nacional, com os jogadores franceses a recusarem-se a treinar em defesa do seu colega, o afastamento de Anelka da equipa sem que se confirmasse que tinha proferido tal afirmação e um aproveitamento dos media locais de todo o mediatismo da situação e do perfil problemático do jogador em causa.
No final, ficamos com a mesma impressão de quem acompanhou mais de perto a carreira de Anelka. Um jogador inteligente, que muitas vezes foi mal entendido por colegas e pelos meios de comunicação social, e que teve todas as chances de atingir o nível de Ronaldo, Messi ou mesmo do seu amigo Thierry Henry, mas que inevitavelmente acabará esquecido.
Participações especiais: no documentário, contamos com testemunhos de Arsene Wenger, de Thierry Henry, de Robert Pires, de Patrick Vieira e do ator Omar Sy (de “Amigos Improváveis” que é amigo de infância de Anelka), entre outros.
Mesmo assim, uma carreira invejável: com 222 golos em 738 jogos (dados zerozero), com um palmarés que incluí a conquista da Premier League pelo Arsenal e pelo Chelsea, a conquista da Liga Espanhola e dos Campeões pelo Real Madrid e ainda a conquista do Euro 2000 com a seleção francesa.
O que pode uma revista pornográfica ensinar sobre liberdade de expressão?
Muitas das sugestões presentes nesta newsletter relacionadas com filmes e séries têm vindo ora da Netflix ora da HBO Portugal. Se bem que é verdade que estas plataformas de streaming se tornaram uma parte incontornável do nosso modo de ver conteúdos, continuam a haver canais que oferecem serões de qualidades (especialmente, quando estamos naqueles dias em não nos apetece escolher nada e que desejamos que escolham por nós).
O AXN Movies tem trabalhado num catálogo diverso de filmes e aquele que trago hoje será transmitido esta sexta-feira, com repetições nos dias seguintes. Falo de “Larry Flynt” que estreou nas salas de cinema em 1996 e que foi realizado por Milos Forman (“Amadeus” e “Voando sobre um Ninho de Cucos”). Baseada na história real do fundador da revista pornográfica e satírica Hustler, Larry Flynt (protagonizado por Woody Harrelson), a longa-metragem acompanha o empresário americano que começou com um modesto bar de strip que mal lhe permitia pagar as contas e que mudou a sua vida quando teve a ideia de fazer uma revista com o nome do seu bar - o Hustler - onde poderia promover as raparigas que dançavam no seu espaço.
A publicação tornou-se um sucesso imediato, vendendo milhões de cópias no país inteiro, rivalizando com a Playboy e incomodando alguns políticos conservadores que viam na Hustler uma ameaça aos valores morais e éticos americanos que necessitava de ser eliminada. Serão as batalhas políticas e judiciais de Larry, com o apoio do seu advogado Alan Isaacman (representado por Edward Norton), que levam a que o filme seja mais do que uma biografia, um símbolo da luta pela liberdade de expressão e da linha turva em que andamos quando queremos estabelecer limites para aquilo que podemos ou não dizer, gozar ou discutir.
Zapping no sítio certo: Vê aqui a programação da AXN Movies para os próximos dias.
Uma aula sobre liberdade de expressão: Vê aqui um dos grandes momentos do filme da personagem de Edward Norton, que não te dá spoilers nenhuns.
Oh não.. mais um apocalipse para resolver
Mais uma semana, mais uma estreia viral na Netflix. Depois de uma primeira temporada que a popularizou no mundo inteiro, “The Umbrella Academy” regressou com mais 10 episódios e com uma nova aventura apocalíptica dos irmãos super-heróis Hargreeves.
Se não viste a primeira temporada ou, se passado um ano, já não te lembras bem do que aconteceu, poderás ver este resumo preparado pelos próprios para garantir que entras nesta segunda temporada com a memória fresca. Agora que já estás a par do passado super-heróis, resta responder à questão do fim do vídeo “Onde é que eles foram parar?”
Depois de uma viagem no tempo que não correu 100% bem, os irmãos “aterraram” em Dallas, em anos diferentes do início da década de 60, durante a presidência de John F. Kennedy. Por outras palavras, distribuíram-se por 1960, 1961 e 1962. Estando em linhas temporais diferentes, e convencidos de que os seus restantes irmãos tinham desaparecido, cada um deles seguiu com a sua vida numa época que não era a sua. A exceção foi Five, que aterrou em 25 de novembro de 1963, num apocalipse nuclear, no qual observa os seus irmãos a tentar salvar o mundo sem sucesso e morrer de depois da explosão de uma bomba em Dallas.
Depois de escapar do mesmo destino, este acaba numa linha temporal dez dias antes desse terrível acontecimento e fica com a missão de juntar novamente os seus irmãos e de juntos encontrarem uma maneira de sobreviver ao que está para vir. O problema? Tal como na primeira temporada, convencer os irmãos de que o mundo está prestes a acabar não vai ser tarefa fácil.
Número 1: não falamos de um dos super-heróis, mas sim da posição ocupada pela série no ranking de conteúdos mais vistos na Netflix.
Terceira temporada? Ainda não foi confirmada, mas dado o sucesso que esta está a ter, não será surpresa que a Netflix a anuncie nos próximos meses.
Créditos Finais
Billie Eilish como uma personagem de Anime: é essa a premissa do videoclipe da última música que lançou “my future”, disponível aqui.
Anúncios que merecem elogios: é o caso da marca italiana de massas Barilla, que se juntou a Roger Federer para dar um momento inesquecível a duas jovens tenistas que fizeram um vídeo viral durante a quarentena. Vê aqui.
O Minho tem histórias e muito mais para dar: foi esse o mote que levou o SAPO24 a fazer uma série de reportagens na região onde se destaca um local em formato de fatia de pizza. Curioso? Lê aqui.
Qual é o futuro das comédias? Foi esse o tema deste artigo da Vulture, numa altura em que os risos parecem cada vez mais remetidos às plataformas de streaming e menos às salas de cinema.
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