O caminho para o Paraíso não é bem assim 🦄
O meu nome é Mariana Falcão Santos e esta edição é a prova de que tudo é melhor em dose tripla. Começamos com uma série que vem quebrar os tabus do poliamor, passamos para as teorias que dão vida a filmes e séries para além do grande ecrã e terminamos com uma sugestão para as maratonas de verão. É ler já de seguida!
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Eu, tu e a miúda que se mudou lá para casa
Os típicos romances a que todos estamos habituados têm, por norma, dois protagonistas. Ainda que por vezes haja triângulos amorosos, o filme, a série ou o livro que estamos a devorar está sempre feito para que queiramos que o terceiro elemento saia e que o casal termine em bons termos. Mas, com o passar do tempo, há vários enredos que têm vindo a quebrar esse estereótipo. É o caso de “Trigonometry”.
A série conta a história de Gemma e Kieran, um casal de jovens londrinos que está a ultrapassar uma fase particularmente complicada. Para além de atravessarem problemas financeiros, também a intimidade do casal parece estar comprometida. Os seus horários não são compatíveis e a chama da relação está apagada. Eis que, numa tentativa de conseguir algum dinheiro, decidem arrendar um quarto do seu apartamento a Ray, uma ex-atleta de natação sincronizada que se reformou depois de um acidente.
Se, inicialmente, Ray entra na vida do casal como um caminho para a salvação financeira, rapidamente consegue mexer com a sua intimidade. Para além da atração de Kieran à nova inquilina, o passado amoroso de Gemma com outras raparigas faz com que a tensão sexual seja uma constante ao longo dos oito episódios da série.
Já ouviram falar do termo “unicórnio”? Eu também não conhecia, mas num dos primeiros episódios de “Trigonometry” aprendi que se trata de uma terceira pessoa que aceita ter uma relação com um casal que já existia previamente.
Apaixonados pelo poliamor: Para os interessados, as séries “Unicornland”, “You Me Her” e o filme “Vicky Cristina Barcelona” também abordam temas semelhantes, de diferentes pontos de vista.
Onde ver: os oito episódios da série ficaram disponíveis na HBO Portugal.
As teorias da conspiração que alimentam os amantes de filmes e séries
Já todos demos por nós a conspirar sobre os nossos filmes e séries favoritos. Como é que que aquele super-herói que parece indestrutível pode morrer? Será que foi mesmo um beijo que salvou aquela princesa? E se te dissessem que há uma personagem de um filme de animação que podia estar sob efeito de drogas?
Para ajudar a alimentar estas teorias, o canal de YouTube “The Film Theorists” produz desde 2015 a série “Film Theory”. Ao longo dos vários episódios, o YouTuber MatPad analisa de forma microscópica vários acontecimentos de filmes e séries que nos levam a pensar “E se tivesse acontecido de forma diferente?”.
Até à data já saíram mais de 240 episódios diferentes, com uma periodicidade semanal. Os alvos podem ser de qualquer género e para qualquer idade, cobrindo os episódios teorias que vão da saga “Star Wars” aos desenhos animados “Phineas & Ferb”.
Os mais vistos: No pódio de vídeos mais populares estão, por ordem crescente e com os títulos traduzidos, “A conspiração sombria de Zootopia”, “Anna e Elsa não são irmãs?” e “Como matar o Deadpool!”
Uma opção para amantes de gaming: do mesmo autor e com o mesmo formato, “The Game Theorists” vem revelar alguns segredos escondidos por detrás dos videojogos mais conhecidos.
Um paraíso que parece bom demais para ser verdade
Se tu és uma daquelas pessoas que gosta de ter sempre uma série para ver nas noites de verão, as tuas férias podem ser uma boa ocasião para dar binge na minha próxima sugestão. “The Good Place” já saiu há quatro anos e eu acompanhei todos os episódios à medida que iam saindo. Mas quando uma série nos cativa, a tendência é para rever, e é isso que estou a fazer agora.
Ao longo das quatro temporadas, acompanhamos um grupo de quatro desconhecidos que, depois de morrerem, vão parar àquele que creem ser o Lugar Bom, uma espécie de paraíso que serve de recompensa pelas suas boas ações. O problema é que todos eles são confundidos com outras pessoas e, após refletirem nas suas ações em vida, chegam à conclusão de que nenhum merece realmente estar ali.
Como forma de se redimirem, os quatro vão juntar forças com o objetivo de se tornarem pessoas melhores. Mas, afinal, quem são as personagens que nos conquistam em “The Good Place”:
Eleanor Shellstrop é a típica parasita da sociedade. Egoísta, imoral e pessimista, rapidamente que não devia estar no Lugar Bom, e tira proveito da alma gémea que lhe foi designada, Chidi, para tentar perceber melhor o que é ser uma boa pessoa.
Chidi Anagonye é o único que, inicialmente, acredita pertencer de facto àquele sítio. Em vida, era um professor de ética e filosofia moral, que lutava contra a sua ansiedade e contra a dificuldade que tinha na hora de fazer escolhas. Depois de conhecer Eleanor, assume a companheira como um projeto pessoal e tenta torná-la numa pessoa melhor.
Tahani Al-Jamil é uma rapariga mimada e rica, que vem de uma família com posses. Ainda que acredite merecer os privilégios do Lugar Bom, Tahani sabe que viveu sempre consumida de um sentimento de inveja e ciúmes, motivados, essencialmente, pelo sucesso da sua irmã.
Jason Mendoza é um traficante de drogas da Flórida que, ao ir parar ao “Lugar Bom”, é confundido com um monge que fez um voto de silêncio. Para além de tentar que ninguém descubra a sua identidade fraudulenta, Jason vai ainda ter de se esforçar para criar uma relação com o par que lhe foi atribuído: Tahani.
Janet é uma assistente virtual robótica que assume uma forma humana. Para além de ser um banco de conhecimento a quem os moradores do Lugar Bom podem fazer qualquer pergunta, tem ainda a função de satisfazer todos os seus desejos.
Michael é o arquiteto deste paraíso pós-morte. Para além de ser a primeira pessoa com quem os recém-falecidos falam, é ainda responsável por apresentar o local e certificar-se de que tudo corre dentro do planeado.
Uma série que nos faz questionar as nossas ações: O que decide se as pessoas vão parar ao Lugar Bom ou ao Lugar Mau é um sistema de pontuações atribuídas a todas as ações que as personagens fazem na Terra. Conforme vamos avançando nos episódios de “The Good Place”, mais nos vamos apercebendo de que, se este sistema existisse na vida real, muitos de nós não teríamos uma pontuação tão boa quanto gostaríamos.
O responsável por muitas das nossas séries de conforto: Michael Schur é o nome por detrás da criação e produção de “The Good Place”. Para além disso, também deu o seu toque noutras séries de sucesso como “Brooklyn Nine-Nine”, “The Office” e “Parks and Recreations”.
Onde ver: as quatro temporadas estão disponíveis na Netflix.
Créditos finais
O sucessor está a caminho: Toda a gente sabe que os filmes para adolescentes são um dos pontos fortes da Netflix. Há um filme de 2018 que está prestes a receber a sua sequela. “The Kissing Booth 2” chega à plataforma no próximo dia 24 e já podes ver aqui o trailer
100 anos de Amália Rodrigues: No mês em que se celebra o centenário da maior voz do fado em Portugal, o SAPO24 criou um espaço especial para partilhar as celebrações que serão feitas por todo o país. Espreita aqui.
20 anos da saga Scary Movie: São filmes que, melhor ou pior, todos conhecemos e o primeiro celebra esta semana o vigésimo aniversário. Fica a sugestão para veres ou reveres, e tentares apanhar todas as referências feitas a filmes, séries e figuras da cultura pop.
113 anos de Frida: A pintora mexicana Frida Kahlo celebra esta semana mais uma aniversário. Queres descobrir um pouco mais sobre o seu trabalho? Espreita aqui uma visita virtual à exposição “Frida Kahlo: I Portray Myself”
Mais de 750 mil downloads em 3 dias: Este foi o resultado obtido pela plataforma Disney Plus em todo o mundo, entre a passada sexta-feira e o domingo. A razão destes números foi a chegada no musical da Broadway “Hamilton”, como forma de celebrar o dia 4 de Julho, o Dia da Independência nos Estados Unidos. Vê aqui o trailer.
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