Acho Que Vais Gostar Disto: boas notícias, precisam-se 📰 (e um final feliz também 😃)
Olá, o meu nome é Miguel Magalhães e nesta edição de Acho Que Vais Gostar Disto trago boas notícias, uma dose de aventura e finais felizes, tudo coisas que fazem falta nestes dias de chuva e de isolamento social. Sem mais demoras, podes encontrá-las nas linhas que seguem.
Alguém que me dê boas notícias
É cada vez mais complicado acompanhar as notícias dos jornais e telejornais diários. Os efeitos do novo coronavírus ainda se fazem sentir um pouco por todo o mundo e é fácil ficarmos desanimados cada vez que recebemos uma atualização dos seus números e do impacto que está a ter nos diferentes países.
A pensar nisto, John Krasinski, ator conhecido pelo seu papel como Jim da versão americana da série The Office, decidiu criar um talk-show no YouTube, unicamente focado em dar a conhecer o que de bom acontece no meio desta pandemia, ao qual chamou “Some Good News”. Do mais vulgar ao mais extraordinário, Krasinski navega pelo mundo da redes sociais para demonstrar as boas ações entre familiares e amigos, entre enfermeiros e pacientes que recuperaram e ainda aproveita para convidar Robert De Niro a comentar a meteorologia.
Menos é mais: toda a produção do programa é muito genuína e rudimentar: cada episódio é filmado no escritório de Krasinski que se veste a rigor, da cintura para cima; o logo do programa foi feito pelos filhos do ator americano; muitos dos visuais não passam de screenshots do Twitter ou de coisas que fãs do programa enviaram depois do primeiro de três episódios disponíveis ter estreado.
Os três episódios de “Some Good News” já totalizam 30 milhões de visualizações. Como é que se tornou viral? Muito “fácil”:
no primeiro episódio, Krasinski teve uma mini-reunião com Steve Carell, para celebrarem os 15 anos do lançamento da versão americana de The Office.
no segundo episódio, organizou uma atuação do elenco de Hamilton (musical da Broadway que já recebeu diversos prémios) para uma fã de 9 anos, através do Zoom.
no episódio desta semana, levou cinco enfermeiros que estão na linha da frente do combate à Covid-19 à sua cidade natal, Boston, mais concretamente ao campo da sua equipa de basebol, os Boston Red Sox, para matarem saudades do desporto.
Se gostas deste estilo: num tom apenas ligeiramente mais sério, no Last Week Tonight (YouTube), John Oliver continua a desconstruir e a satirizar alguns dos problemas dos EUA e do mundo.
Já que estou pelo YouTube: o meu concerto da semana é dos Limp Bizkit no festival alemão Rock Am Ring em 2001. A banda americana está agendada para tocar no EDP Vilar de Mouros, em agosto.
Alguém que me dê uma caça ao tesouro (com algum drama à mistura)
Outer Banks é um famoso destino turístico nos EUA. Localizada no estado da Carolina do Norte, é uma região conhecida pela sua sucessão de ilhas e praias ligadas ao Oceano Atlântico, bem como pelo seu clima tropical que tanto dá para bom tempo e boas ondas para surfar, como para tempestades e desastres naturais (e que por lá ocorrem regularmente, de resto).
Para além disso, Outer Banks é também o nome de uma nova série que a Netflix estreou na passada quarta-feira. Ainda só vi cinco dos dez episódios desta temporada e isto foi o que aprendi até agora:
Uma luta de classes: Outer Banks é descrita no trailer como “o tipo de região em que as pessoas ou têm duas casas ou têm dois empregos”. Existem dois principais grupos de pessoas: os Pogues, que são a classe mais pobre da região, vivem nas piores zonas e passam por maiores dificuldades, e os Kooks, que são a classe rica, que vive nas melhores casas, tem os melhores barcos para navegar e frequenta regularmente os clubes de golfe. Mas não pensem que isto se trata de uma distopia.
Um pai e um tesouro desaparecido: John B é um Pogue de 16 anos, cujo pai desapareceu há quase um ano no mar enquanto procurava por um navio chamado The Royal Merchant, que supostamente continha um tesouro no valor de 400 milhões de dólares em ouro. Ele não acredita que o pai está morto e quando encontra a sua bússola noutro barco afundado, começa numa demanda por pistas que o levem ao famoso navio.
Mas não o faz sozinho: Os melhores amigos de John são JJ, Pope (também eles Pogues) e Kie, uma rapariga que apesar de viver no lado rico da região não se identifica com as pessoas de lá. Estes acompanham-no para todo o lado e tentam ajudá-lo a encontrar o tesouro.
Uma espécie de teen drama: há espaço para conflito entre os jovens de cada uma das classes, há espaço para um amor proibido e, obviamente, mais pessoas interessadas em encontrar o tesouro.
Onde estão os smartphones? a série não tem propriamente um marcador temporal, mas tudo indica que acontece na atualidade. Contudo, nos episódios que vi até agora, não apareceu um único smartphone, não houve uma única chamada, nem uma única menção a redes sociais. Visto que, acompanhamos a vida de jovens não deixa de ser engraçado que Outer Banks tenha deixado essas dinâmicas de lado.
Alguém que me dê um final feliz
Na semana passada, introduzi a rubrica “Filmes que devia ver pelo menos uma vez na vida”, na qual a minha primeira escolha foi o Rocky. Esta semana, decidi sair dos ringues de boxe (apesar de ter visto mais três Rockys) e saltar para as comédias românticas, com mais um filme que nunca tinha visto.
Escolha: When Harry Met Sally (1989), de Rob Reiner.
Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan) demoraram dez anos para ficar amigos. Conheceram-se através de uma antiga namorada de Harry e partilharam uma boleia para Nova Iorque, ambos à procura de emprego. Nessa viagem, Harry expôs a sua teoria de que homens e mulheres nunca podem ser amigos e, chegados à Big Apple, cada um acaba por seguir o seu caminho. Cinco anos mais tarde, voltam a cruzar-se num voo e Harry tenta corrigir a sua posição face à amizade entre géneros opostos, mas sem sucesso, pelo que ao aterrarem acabam por se voltar a separar novamente.
Passada uma década desde que se conheceram, Harry está prestes a divorciar-se da mulher e Sally acabou de terminar a sua relação. Quando o destino faz com que se cruzem mais uma vez numa livraria, ambos percebem que já são pessoas ligeiramente diferentes, numa fase relativamente parecida da vida e acabam por se tornar os amigos mais próximos: vão a festas juntos, falam até tarde ao telefone, combinam coisas um com o outro regularmente e partilham livremente o que acontece no seu dia-a-dia.
Para descobrir: Ficam apenas amigos ou a teoria de Harry acaba por se tornar verdade?
Um momento marcante: Esta cena de Harry e Sally num bar é uma das mais famosas do cinema, bem como a reação da figurante no fim da mesma (que curiosamente era a mãe do realizador).
Não quer dizer nada, mas o filme acabou por ser nomeado para os Óscares, para Globos de Ouro e venceu mesmo um BAFTA para Melhor Argumento Original.
Onde posso ver o filme: na HBO Portugal
Se és fã de Meg Ryan: também deves ver Sleepless in Seattle, You’ve Got Mail e French Kiss, sendo que este último também está disponível na HBO Portugal.
Créditos finais
Too Hot To Handle da Netflix: a próxima série de Reality TV da Netflix promete ser um sucesso e um guilty pleasure para muita gente.
Justin Timberlake com picante: o Hot Ones é um dos meus programas favoritos do YouTube e, entre outras coisas, o músico e ator americano foi lá fazer um ranking dos seus álbuns e comer umas asinhas de frango.
Como é que se está a produzir televisão no meio da pandemia? Foi esta questão que o meu colega Abílio dos Reis explorou neste artigo para o SAPO24.
Screentime: é a nova secção da Bloomberg ligada ao mundo do entretenimento, com conteúdos sobre filmes, séries, música, podcasts, gaming e influencers.