The Crown: as críticas à série são justas?
Alguém te enviou esta newsletter? Podes subscrevê-la aqui.
Segue o Acho Que Vais Gostar Disto no Instagram, no Twitter e no TikTok.
Na semana passada, demos conta da estreia da 5.ª Temporada de “The Crown”, uma das séries-bandeira da Netflix e que relata a vida privada da Família Real britânica. Num artigo, abordamos o que há de novo e o que se escreveu durante o período de antecipação à sua chegada, nomeadamente sobre a polémica que se instalou nos media ingleses por mergulhar diretamente no badalado divórcio da Princesa Diana com o Príncipe Carlos.
Já hoje, no podcast, o João Filipe Dinis e a Mariana Falcão Santos (excecionalmente com mais um apelido do que o normal, coisa que vão perceber se ouvirem o novo episódio — oiçam!), tentando ser justos, dão a volta à questão, contrapondo a balança ao responder à pergunta: serão as críticas à série justas?
Ler que “The Crown” tem sido criticada por misturar ficção com acontecimentos históricos verídicos (e pessoas) não é nada de novo porque assim tem sido praticamente desde que chegou à Netflix, em 2016. No entanto, a coisa subiu de tom este ano — muito à custa do peso dos autores das críticas, como é o caso da atriz Judi Dench (disse que a série era "extremamente injusta”) e o ex-primeiro-ministro, Sir John Major, que catalogou a série como sendo um “barril de pólvora de disparates”.
Em resposta ao tom duro destas vozes, um porta-voz da gigante do streaming explicou que a série sempre foi apresentada como sendo um “drama baseado em factos históricos”. Mais concretamente sobre a 5.ª temporada, elucidou que se trata de “dramatização fictícia, que imagina o que pode ter acontecido à porta fechada durante uma década de extrema importância para a Família Real — uma dramatização que já foi escrutinada e bem documentada por jornalistas, biógrafos e historiadores".
E vocês, que nos leem e ouvem? É assunto que vos passa ao lado, concordam, discordam? Contem-nos tudo através das nossas redes sociais ou do nosso e-mail. Não se acanhem!
Ouve o episódio no Spotify, Apple Podcasts e no Google Podcasts.
Um pequeno pedido: deixa críticas e reviews nas plataformas. Nós agradecemos e todo o feedback é bem-vindo!
Já estamos no YouTube! ▶️
O Acho Que Vais Gostar Disto já tem o seu próprio canal de YouTube. Nas próximas semanas, vamos começar a disponibilizar alguns dos episódios, que terás a oportunidade de ouvir num formato diferente. Teremos tanto as habituais discussões de filmes e séries, como as entrevistas que já fizemos.
Subscreve o canal para não perderes os próximos episódios e outros conteúdos que vamos produzir no futuro.
Créditos finais
👀 O que ver
Filmes
Slumberland: O Reino dos Sonhos (Netflix). Numa das estreias da semana, o responsável pela saga “The Hunger Games” (e “Constantine” ou “I Am Legend”) traz-nos a sua adaptação da BD de Winsor McCay. Aqui seguimos Nemo (Marlow Barkley), uma jovem que descobre o mapa secreto dos sonhos e que se faz acompanhar pelo mítico Flip (Jason Momoa) — uma criatura de pêlo desgrenhado, metade homem, metade monstro, e que visualmente se assemelha a um “Fat Thor” de tez havaiana depois de uma semana inteira passada no Sambódromo do Rio de Janeiro. (Trailer)
O Prodígio (Netflix). O chileno Sebastián Lelo (realizador de “Gloria” e do remake em língua inglesa “Gloria Bell”) adapta o romance homónimo de Emma Donoghue (autora de “Quarto”). Passada no ano 1862, a história segue uma enfermeira (Florence Pugh) que viaja até uma aldeia remota na Irlanda para testemunhar o jejum milagroso de uma adolescente. Curiosidade: apesar de ser tudo ficção (livro e filme), existiu, de facto, um grupo de mulheres conhecido como “as raparigas do jejum” que inspirou a autora irlandesa. (Trailer)
Bárbaro (Disney+). O Halloween já lá vai, mas isso não significa que não se possa convidar um bocadinho de terror até ao sofá — especialmente quando a chuva dos últimos dias convida a um serão caseiro. Segundo as críticas, este é um dos melhores do género do susto deste ano. Com o elemento mais novo do clã Skarsgåd (o Bill, do remake “It”) e Georgina Campbell, envolve um aluguer de uma casa que corre francamente mal. (Trailer)
Bardo, Falsa Crónica de Umas Quantas Verdades (Cinema). A introspecção pessoal de Alejandro G. Iñárritu haverá de ficar disponível na Netflix, mas primeiro vai passar pela tela dos cinemas. Segundo o resumo feito pelo Rotten Tomatoes, os críticos consideram que “Bardo” roça a linha do brilhantismo e a mais pura autoindulgência (60% em 100%). Já o público parece ter ficado encantado com a narrativa visual digna de uma carrossel visceral alucinante (83%). Estreou esta quinta-feira, dia 17. (Trailer)
Ela Disse (Cinema). Mostra o papel determinante das duas jornalistas do New York Times que expuseram Harvey Weinstein — e que no fundo deram o derradeiro impulso à era #MeToo. Maria Schrader (realizadora alemã de “Unorthodox”, da Netflix) adapta o livro de Megan Twohey e Jodi Kantor (Carey Mulligan e Zoe Kazan no filme), que revelou a investigação que catapultou o outrora intocável de Hollywood para a desgraça. Estreou esta quinta-feira, dia 17. (Trailer)
Séries
Mente-me (Disney+). Baseada no bestseller de Carola Lovering (“Tell Me Lies”), este original da Hulu gira em torno da relação super intensa entre a bonita caloira Lucy Albright (Grace Van Patten) e do borracho-inteligente-bruto do terceiro ano, Stephen DeMarco (Jackson White). Os dois vivem um amor banhado a segredos, mentiras e muito sexo (ênfase no “muito”). O pior é que esse amor exacerbado (intoxicante, até) acarreta consequências irrevogáveis na personalidade de ambos — e, pior, implica as vidas de todos à sua volta. (Trailer)
FIFA: Futebol, Dinheiro e Poder (Netflix). Com o Mundial de futebol à porta, a começar já este domingo, esta minissérie de quatro episódios não podia estrear numa altura mais pertinente. Além de abordar a corrupção vivida no seio do órgão que manda no desporto-rei, explora, também, as inesperadas vitórias das candidaturas da Rússia e do Catar à organização dos mundiais de 2018 e 2022 — em que existem vários indícios que sugerem casos de suborno e traição. (Trailer)
The English (HBO Max). Emily Blunt interpreta inglesa aristocrata do final do séc. XIX que viaja até à América à procura de vingança. Uma vez na Terra das Oportunidades, a sua jornada encontra um aliado improvável em Eli Whipp (Chaske Spencer), um índio Pawnee. A série da BBC/Amazon é realizada e criada por Hugo Blick (“The Honourable Woman”). (Trailer)
🎧 O que ouvir?
No podcast “Lisboa e os Lisboetas”, o anfitrião José Sá Fernandes e um (ou mais) convidados dão juntos um passeio por uma zona de Lisboa e descobrem a sua história e as suas estórias. No último episódio, Sam The Kid explica o que significa "ser" de Chelas. (SAPO24)
📱O que se passou no mundo da cultura pop e na Internet
Taylor Swift. A demanda por bilhetes para assistir à nova tour foi tão elevada que a sua venda teve de ser… suspensa. Os Swifties a partir, literalmente, a Internet! Ao mesmo tempo, fizeram duas coisas: conseguiram expor as limitações da plataforma que domina a venda dos bilhetes na indústria musical nos EUA e mostrar uma vez mais o enorme alcance da cantora. (The New York Times)
O hino que faltava. Jesus Quisto lançam tema de apoio à seleção portuguesa. (SAPO24)
Marvel fatigue. Mais de um terço dos fãs dizem estar cansados do enorme volume de conteúdo que tem saído, de acordo com um novo estudo divulgado pela plataforma Fandom. (Variety)
Horror Show. Duas "powerhouses" do terror (a Atomic Monster, do criador de “Saw”, e a Blumhouse, de Jason Blum) estão a negociar uma fusão para criar ainda mais terror. (The Hollywood Reporter)
Maroon 5. Os norte-americanos atuam em Portugal em junho, no âmbito da digressão do grupo na Europa e Reino Unido para 2023. (SAPO24)
#RIP Twitter? Um cadafalso de caos, despedimentos, confusão e humor negro marcaram as últimas semanas da rede social do passarinho. (The Hollywood Reporter)
Barack Obama & Trevor Noah. O ex-presidente norte-americano e o (ainda) apresentador do Daily Show falam sobre a importância dos jovens nas eleições intercalares nos EUA. (YouTube)
Duna: Parte II. Zendaya explicou a pouca atividade nas redes sociais ao partilhar o pôr do sol de Arrakis — está a rodar a continuação do filme de Villeneuve no deserto de Abu Dhabi. (Collider)
Amazon entra no Spider-verse. A Amazon pediu várias séries à Marvel-Sony. A showrunner de "Walking Dead" e os produtores de “Spider-Man: Into the Spider-Verse” vão supervisionar esta grande encomenda. (Variety)
Parabéns, Marty! “Não existe essa coisa do ser simples. A simplicidade é difícil”, explicou a certa altura Martin Scorsese, um dos grandes cineastas dos nossos tempos, que fez esta quinta-feira 80 anos. Para celebrar, aqui fica uma lista (ranking) de 25 filmes que marcaram a sua carreira. (Variety)
Quentin Tarantino. O realizador diz que o seu último filme terá um argumento “original”. (IndieWire)
O Melhor vilão do Ano? Richard Schiff, veterano do elenco da mítica série “Os Homens do Presidente”, foi à procura de um novo desafio aos 67 anos — e acabou por fazer uma das melhores performances da carreira no blockbuster dos videojogos de 2022, “God of War: Ragnarök”. (IndieWire)
🎥 Let's look at the trailers
O Recruta (Netflix)
My Dad The Bounty Hunter (Netflix)
Immortality (Netflix)
Trevor Noah: I Wish You Would (Netflix)
Elton John: A Despedida ao Vivo (Disney+)
Emancipation (Apple TV+)
Elemental (Disney+ / Pixar)
FICHA TÉCNICA
Produção MadreMedia
Newsletter escrita por
Abílio dos Reis, Mariana Santos, Miguel Magalhães e João Dinis
Grafismos
Diogo Gomes, Rodrigo Mendes
🖋️ Tens recomendações de coisas de que nós podíamos gostar? Ou uma review de um dos conteúdos de que falámos?
Envia para vaisgostardisto@madremedia.pt