A Rihanna está de volta! 😱
Nos últimos dias, fomos surpreendidos com uma notícia que agitou a cultura pop: Rihanna vai fazer a performance do intervalo do Super Bowl! E agora estás tu a pensar “Mas porque é que isso é relevante? Nós cá nem ligamos muito ao Super Bowl…”. Ora, é por isso que o Acho Que Vais Gostar Disto está cá, para te manter a par de tudo o que se passa. Na newsletter de hoje, vou explicar-te toda a controvérsia por trás desse anúncio já de seguida!
- Mariana Santos
Alguém te enviou esta newsletter? Podes subscrevê-la aqui.
A Rihanna está de volta!
Vamos começar por fazer um throwback. Há 10 anos era quase impossível ligar a rádio ou a televisão num canal de música e não apanhar uma “We Found Love” ou uma “Where Have You Been”. Com sorte, se a vibe fosse mais nostálgica, até passava uma “Umbrellla”, uma das músicas mais conhecidas de Rihanna. Em 2012, foi a artista com mais músicas no top 100 anual da Billboard — foram seis, no total — e ainda há quem diga que essa não foi a sua Época de Ouro. Mas para percebermos o fenómeno Rihanna, que continua vivo depois de uma pausa de quase sete anos, é melhor começarmos pelo princípio.
A cantora dos Barbados deu os primeiros passos na música por volta de 2004 e Jay-Z foi um dos responsáveis por ver o seu talento desde cedo e pelo seu contrato com a produtora Def Jam Recordings. O seu primeiro single oficial foi “Pon de Replay” (2005) e já na altura se suspeitava o sucesso que aí vinha. Uns meses depois, demos as boas-vindas ao primeiro álbum, “Music of The Sun”, e, em 2006, chegou o segundo. “A Girl Like Me” (2006) foi o álbum de “SOS” e “We Ride”, músicas que levam uma miúda como eu de volta aos anos 2000, à altura em que eu folheava revistas Bravo, colecionava posters e fazia os quizzes de correspondência amorosa.
Depois seguiu “Good Girl Gone Bad” (2008), que apresentou músicas que ainda hoje ouvimos. É o caso da já mencionada “Umbrella”, “Take a Bow”, “Shut Up and Drive” e “Don’t Stop The Music”. Em 2009, com uma vibe diferente e menos músicas de sucesso — destacam-se “Rude Boy” e “Te Amo” —, veio “Rated R”, e entretanto vieram colaborações com outros artistas de sucesso que também nos deram temas icónicos. É o caso de “Love The Way You Lie” com o Eminem, “All of The Lights” com Kanye West, e “Fly” com Nicki Minaj.
Neste ponto da sua carreira, já estava definido que Rihanna era um dos grandes nomes da música e da cultura pop e, muitas das vezes, é aqui que as coisas começam a correr para o torto. Mas não foi o caso, a 'badgalriri' ainda tinha muitos trunfos guardados na manga. Foi o caso de “Loud” (2010), álbum em que quase todas as músicas foram bangers. “What’s My Name?”, “S&M”, “Only Girl (In The World)”, “California King Bed”, “Man Down”... Preciso de acrescentar mais alguma coisa para te recordar o quão bom este álbum é?!
Estávamos a receber novas músicas de Rihanna de ano para ano, éramos felizes e nem sabíamos. Em 2011, seguiu-se o sexto álbum, “Talk That Talk” (“You Da One” e “We Found Love”), e em 2012 veio “Unapologetic” (aquele que nos fez chorar ao som de “Diamonds” e “Stay”). Tivemos direito a mais umas colaborações: o caso de “The Monster”, novamente com Eminem; “Can’t Remember To Forget You”, em dupla sedutora com Shakira; e em 2015, fez uma colaboração surpreendente com Kanye West e Paul McCartney na música “FourFiveSeconds”.
Quando ouvimos “Anti” pela primeira vez, em 2016, ninguém desconfiava que seriam estes os últimos sinais de Riri no mundo da música. O álbum deu-nos “Kiss It Better”, “Work”, “Bitch Better Have My Money”, “Love On The Brain”, “Needed Me” e marcou o início de uma pausa na produção de álbuns que dura há quase sete anos. O anúncio só foi feito em 2019 (sem data para o fim definida) e entretanto a artista dedicou-se à sua marca de maquilhagem Fenty Beauty, à sua linha de lingerie SAVAGE X FENTY e a uns quantos outros projetos. Ainda assim, não saiu debaixo dos holofotes e continuou a ser um nome muito falado na cultura pop por vários motivos: a relação abusiva com Chris Brown na qual foi vítima de violência doméstica (tema que, volta e meia, é novamente falado), o mais recente relacionamento com o rapper ASAP Rocky, e a sua gravidez, que foi acolhida pela Internet como se fosse um filho da cultura pop.
Mas depois deste longo texto sobre a discografia da Rihanna — nota-se muito que sou mega fã?! — vamos ao tema que nos trouxe até aqui. Rihanna anunciou no passado domingo, dia 25 de setembro, através de um post no seu Instagram, que vai ser a responsável pelo mítico Halftime Show do Super Bowl 2023, que vai acontecer dia 12 de fevereiro de 2023.
Se não sabes do que se trata, de forma muito resumida, o Super Bowl é o evento anual de futebol americano mais importante. Para além do habitual jogo, onde duas equipas se enfrentam, é conhecido pelas performances no intervalo, que ajuda a atrair até aqueles que pouco ou nada percebem de futebol americano. Por isso, há muitos anos que deixou de ser apenas um evento que acontece nos Estados Unidos e só para os norte-americanos (e aqui, claro que a Internet e o universo do streaming ajudaram).
Apesar de o intervalo ser conhecido como o momento de pausa em qualquer que seja o jogo, foi nos anos 90 que este momento começou a ser aproveitado para atrair atenções naquele que é o evento televisivo mais assistido do outro lado do Atlântico. Para além dos conhecidos anúncios do Super Bowl, onde as marcas se esmeram especialmente para o evento, há também uma performance de 15 minutos que é anualmente atribuída a um ou mais artistas, a quem cabe a função de preparar uma exibição épica. De Michael Jackson, Tony Benett e The Rolling Stones a Madonna, Lady Gaga e Beyoncé, já foram muitos os artistas que pisaram este palco. Alguns foram realmente bons, outros nem tanto. Mas não dá para negar a expectativa que é criada à volta desta atuação.
Depois de, este ano, Dr. Dre, Snoop Dogg, Eminem, Mary J. Blige, Kendrick Lamar, 50 Cent e Anderson .Paak se terem juntado no SoFi Stadium (na Califórnia) para uma performance em conjunto, já se especulava que seria o próximo. Falava-se de Pink ou de Taylor Swift (mas os rumores dizem que a própria recusou), mas o nome que acabou por ser revelado surpreendeu. Uma simples fotografia de uma bola americano bastou para nos fazer pensar em todos os temas icónicos que queremos que Rihanna coloque na setlist do Super Bowl 2023.
E porque é que isto é tão relevante? Ora, como já expliquei, há um fator nostálgico que associo a Rihanna. Desde muito nova que me lembro de ouvir as suas músicas — aliás, desconfio que ainda devo ter lá por casa uma edição do “NOW15”, onde ouvi a “Unfaithfull” em repeat — e a verdade é que, na altura em que comecei a ter capacidade de as apreciar, ela parou de as fazer. Ao longo do tempo, surgiram várias vezes sinais de que podiam vir aí trabalhos novos, mas sem novidades confirmadas até ao momento. O Super Bowl é uma luz ao fundo do túnel, uma sinal de que pode mesmo estar para breve.
Pelos cantinhos da Internet, conspira-se sobre o que aí virá (e há memes, obviamente). Na pior das hipóteses, dia 12 de fevereiro estamos todos colados a um ecrã a assistir a um espetáculo nostálgico que nos vai levar de volta aos anos 2000.
Podcast Acho Que Vais Gostar Disto
Já não há terça-feira sem episódio especial de recap “House of The Dragon”! No sexto episódio da série, avançamos 10 anos no tempo e temos as nossas personagens preferidas mais adultas, mas com a mesma tensão a que já nos habituaram. O João Dinis, a Mariana Santos e o Miguel Magalhães vão comentar tudo o que aconteceu neste novo capítulo da série da HBO Max. Onde está Daemon? O que é feito do rei Viserys? E como será que está o casamento de Rhaenyra?
Ouve o recap do EP6 de “House of the Dragon” no Spotify, na Apple Podcasts ou no Google Podcasts.
Ouve os episódios anteriores, nas plataformas habituais (ou no nosso novo canal de YouTube), se chegaste a “House of the Dragon” um pouco mais tarde.
Partilha os teus comentários sobre a série connosco no Twitter ou no Instagram e deixa reviews no Spotify e na Apple Podcasts. Nós agradecemos!
Já estamos no YouTube! ▶️
O Acho Que Vais Gostar Disto já tem o seu próprio canal de YouTube. Nas próximas semanas, vamos começar a disponibilizar alguns dos episódios, que terás a oportunidade de ouvir num formato diferente. Teremos tanto as habituais discussões de filmes e séries, como as entrevistas que já fizemos.
Subscreve o canal para não perderes os próximos episódios e outros conteúdos que vamos produzir no futuro.
Créditos finais
👀 O que ver?
Athena (Netflix). O filme de Romain Gravras mergulha numa comunidade francesa de imigrantes marginalizada pelo racismo, violência policial e desigualdade. A história segue Abdel, um soldado francês regressado do Mali, que se vê confrontado com a morte do irmão mais novo.
A câmara de Gravas está bem no centro da ação e a falta de “cortes” da edição e o ritmo frenético nonstop ajudam a que cheguemos ao fim de alma agitada e a pedir justiça. (Trailer)
👇 O que não podes perder na cultura pop
Avatar & Não Te Preocupes, Querida. Treze anos depois do lançamento original, o sci-fi de James Cameron voltou às salas de IMAX com uma versão remasterizada — para, nos EUA, ser o terceiro filme que mais faturou durante o último fim de semana. No primeiro lugar, aparentemente indiferente às polémicas, ficou o filme de Olivia Wilde, protagonizado por Harry Styles e Florence Pugh. (Box Office Mojo)
The Old Man. Jeff Bridges trabalhou com um agente da CIA para dar corpo a Dan Chase, o protagonista. A série da FX estreia amanhã, dia 28, no Disney+. (SAPO24)
Marvel. Kevin Feige explica as razões porque não fez o recasting de T’Challa (Chadwick Boseman) em “Black Panther 2”. (The Hollywood Reporter)
Robbie Williams. O músico britânico vai regressar a Portugal em março do próximo ano. (SAPO24)
MIL - Lisbon Internacional Music Network. Um guia para o evento de três dias que vai ouvir e pensar a música. (SAPO24)
Barbie Girl. O hino da euro-pop faz 25 anos — mas não se espere que faça parte da banda sonora de “Barbie Girl”, filme de Greta Gerwig. (Variety)
A voz de Darth Vader vai “reformar-se”. Aos 91 anos, James Earl Jones vai deixar de emprestar a sua voz ao vilão da Guerra das Estrelas. No entanto, deu permissão para que a inteligência artificial faça das suas para que Darth Vader continue vivo. (The Wrap)
The Last of Us. A HBO revelou ontem o primeiro trailer para a muito aguardada adaptação daquele que é considerado um dos melhores videojogos de sempre. E isto é o que podemos esperar. (Collider)
Peaky Blinders. A série de sucesso da BBC foi adaptada e é agora um espetáculo de dança contemporânea que aprofunda a história familiar dos Shelby. (The Hollywood Reporter)
Meryl Streep. A atriz revelou qual era o ator que gostava “de ser” e pelo qual nutre uma grande admiração. (IndieWire)
Monster: The Jeffrey Dahmer Story. A série de Ryan Murphy incendiou o Twitter na última semana de setembro — foram mais de 918 mil impressões. (Variety)
Ryan Grantham. O ator canadiano de “Riverdale” (e “Diary of a Wimpy Kid”, “Supernatural” ou “iZombie”) foi condenado à prisão perpétua pelo homicídio da mãe. (CBC)
🎥 Let’s Look at the trailer
Aftersun (Cinema, com Paul Mescal - o Connell de “Normal People” - pronto a derreter corações)
Werewolf by Night (próximo segmento da Marvel para a Disney+, com Gael García Bernal)
The Last of Us (na HBO Max em 2023)
Alice in Borderland (Temporada 2, Netflix)
FICHA TÉCNICA
Produção MadreMedia
Newsletter escrita por
Abílio dos Reis, Mariana Santos, Miguel Magalhães e João Dinis
Grafismos
Diogo Gomes, Rodrigo Mendes
🖋️ Tens recomendações de coisas de que nós podíamos gostar? Ou uma review de um dos conteúdos de que falámos?
Envia para vaisgostardisto@madremedia.pt