🎥 Nem todas nasceram para ser mães
Há atores que, façam o que fizerem, estão sempre bem. Olivia Colman, por exemplo, é um dos nomes que mais me cativa e hoje vou falar-te de um dos seus mais recentes trabalhos: “A Filha Perdida”. Ainda não conheces o filme? Vou contar-te tudo já de seguida.
Mariana Santos
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Nem todas nasceram para ser mães
Se precisas de uma desculpa para ir ao cinema, “A Filha Perdida” é a justificação perfeita! Apesar de o filme já ter sido muito falado nas redes sociais e pelos meios de comunicação internacionais, só chegou há uns dias às salas de cinemas portuguesas — e mesmo a tempo da preparação para os Óscares 2022!
É uma produção Netflix (apesar de não estar disponível na plataforma de streaming em Portugal) e é realizado por um nome que também não é desconhecido dos nossos ecrãs: Maggie Gyllenhaal. A atriz que fez “A Secretária” desta vez aventurou-se com esta longa-metragem inspirada na obra homónima de Elena Ferrante e o resultado promete comover até os corações mais gelados.
No centro do enredo está Leda, uma mulher de 50 anos que está sozinha de férias e que se encontra rodeada de pessoas que a fazem constantemente lembrar do seu maior falhanço na vida: ser mãe. Ao longo de duas horas vamos saltar entre o presente e o passado de Leda e vamos descobrindo a culpa (ou a falta dela) que carrega dentro de si. As suas filhas nunca foram a prioridade, foi uma mãe negligente e pouco presente, e, apesar de as ter abandonado várias vezes, nunca se parece ter arrependido das suas decisões.
Ao mesmo tempo que nos mostra esta visão do mundo, a personagem é confrontada por situações onde é uma mera observadora, que propagam o estereótipo da mãe perfeita e que a fazem questionar o seu conceito de família. Quem disse que as personagens principais dos filmes e séries têm de ser sempre amadas? “A Filha Perdida” prova o contrário.
Mas claro que uma interpretação destas só funciona tão bem graças à atriz que lhe dá vida. Olivia Colman já foi a favorita, já foi rainha, já foi filha, e agora é uma mãe odiada por toda a audiência. Sem uma performance demasiado exagerada, com a certa medida de indiferença, ternura e mágoa, só vem sublinhar a minha convicção de que esta é uma das melhores atrizes da atualidade. E nem por acaso, já lhe valeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Atriz.
Li algures na internet (possivelmente numa secção de comentários ou num subreddit de amantes de filmes) que “A Filha Perdida” faz pelo conceito de ser mãe aquilo que o clássico “Jaws” faz com os tubarões, e não podia estar mais de acordo. É uma história sobre medo, sobre a pressão da maternidade, e que nos mostra tudo aquilo que pode correr mal.
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Podcast Acho Que Vais Gostar Disto
Esta é a história de como um carpinteiro à procura de vingança deu origem à sex tape mais famosa de sempre, sem estar presente na mesma. Tendo por base um artigo da Rolling Stone de 2014, tem Sebastian Stan (Winter Soldier no universo da Marvel) e Lily James (Mamma Mia 2) a representar o famoso casal, e ainda nomes como Seth Rogen, Nick Offerman e Taylor Schilling no elenco principal.
No episódio, João Dinis, Mariana Santos e Miguel Magalhães discutiram o legado desta história, os elementos de nostalgia dos anos 90 presentes na série e ainda as melhores cenas, sendo que uma delas pode ou não incluir uma conversa com um orgão genital animado com efeitos especiais. É ver para descobrir.
Ouve o episódio no Spotify, na Apple Podcasts ou no Google Podcasts
Créditos Finais
O que aconteceu no mundo da cultura pop?
Óscares! “The Power of the Dog”, “Dune”, “Belfast” e “West Side Story” dominam as nomeações para a 94.ª edição dos prémios. Podes consultar a lista completa das 23 categorias aqui. Principais snubs? Lady Gaga vem à cabeça. Surpresas? Também as há, a começar pelo facto de Dennis Villeneuve falhar a nomeação na realização. E tu? O que achas destas nomeações? Concordas? Achas que ficou alguém de fora e que não merecia? Diz-nos a tua opinião através das nossas redes sociais ou do nosso e-mail!
The Dropout. Baseado no podcast homónimo, esta série da Hulu explora a história real de Elizabeth Holmes, que com apenas 19 anos fundou a “Theranos” e chegou a ser apelidada de o “próximo Steve Jobs” quando prometeu mundos e fundos ao insinuar que ia revolucionar os testes ao sangue. No final, era tudo um esquema — agora vivido e interpretado por uma Amanda Seyfried a dar tudo (sim, ela faz a voz!). Vê aqui.
Neil Young vs Spotify. O músico continua a não ter papas na língua. A alfinetada mais recente à plataforma sueca reza da seguinte forma: “Aos trabalhadores do Spotify, eu digo que Daniel Ek [o fundador e CEO] é o vosso maior problema — não é o Joe Rogan”.
The Who voltam a Cincinnati. 40 anos depois da tragédia que vitimou fatalmente 11 pessoas, a banda britânica regressa a um palco que já não pisava desde o trágico 3 de dezembro de 1979.
Kylie Jenner e Travis Scott são novamente papás. A socialite e o rapper foram pais pela segunda vez. A boa-nova foi revelada pela mãe através de uma publicação nas redes sociais, em que publicou uma fotografia de uma mão bem fofa de um bebé (e um coração azulinho, se é indicação de alguma coisa) com a data “2/2/22”.
“The Tinder Swindler” banido... do Tinder. Realizado pela responsável de “Don’t F*** With Cats” (e utilizando as mesmas “técnicas” para prender a audiência), este é seguramente o documentário do momento. E o vigarista Simon Leviev, que recorria à aplicação para se fazer passar por milionário de maneira a enganar mulheres com um estilo de vida pomposo, acabou de ficar sem um dos seus trunfos.
Vikings: Valhalla. Há por aí mais alguém com saudades de Largertha e do resto do clã Lothbrok (e Floki, claro!)? Pois bem, se assim for, convidamos-te a ver o novo trailer deste spinoff que se desenrola 100 anos depois do final da série original. E, sim. Há sangue, violência e toda a glória da Era Viking. Estreia dia 25 de fevereiro, na Netflix. Vê aqui.
Reacher renovado. A série ficou disponível apenas na sexta-feira, mas já recebeu luz verde da Amazon para se avançar com uma segunda temporada. Segundo se diz do outro lado do Atlântico, é já uma das séries mais vistas de sempre da plataforma.
Steven Soderbergh e super-heróis. Apesar de ser um cineasta de méritos reconhecidos (“Trafifc”, “Eric Brockovic”, “Sex, Lies, and Videotape”) e um contador de histórias exímio, que cobre inúmeros espectros, aparentemente não consegue entender uma coisa: como é que não há cenas amorosas nos filmes dos super-heróis. Uma entrevista para ler no Daily Beast.
Better Call Saul. Na opinião de um elemento da nossa equipa, a última temporada da série protagonizada por Bob Odenkirk é melhor do que a melhor de “Breaking Bad” (assunto para barulho, ele sabe). Por isso, para essa alminha, qualquer novidade que envolve Vince Gilligan é sinal de festa (“El Camino” não conta). E este teaser agora revelado é de deitar foguetes. Welcome back, Leonel e Marco Salamanca! Vê aqui.
FICHA TÉCNICA
Produção MadreMedia
Newsletter escrita por
Abílio dos Reis, Mariana Santos e Miguel Magalhães
Grafismos
Diogo Gomes, Rodrigo Mendes
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