🤔 Euphoria: Os adolescentes de hoje são mesmo assim?

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O episódio de hoje é dedicado à série do momento, que bateu recordes e é a mais vista de sempre da plataforma de streaming da HBO Max. Falamos, claro, de “Euphoria” — que os anfitriões colocam a hipótese de ser a “Skins” da Geração Z (outra série sobre a infâmia da adolescência, mas de origem britânica e que catapultou uma onda - das da Nazaré - de atores ingleses para a ribalta internacional).

Criada, escrita e realizada por Sam Levinson, “Euphoria” decorre na cidade norte-americana de East Highland (algures pela Califórnia) e segue de perto a intimidade de Rue (papel que valeu um Emmy a Zendaya), uma adolescente de 17 anos, que diariamente tenta equilibrar as comoções do amor, da perda e do vício (drogas) ao mesmo tempo que procura acalentar alguma esperança para se manter emocionalmente de pé.

Depois do sucesso da primeira temporada (2019) e de dois episódios especiais já em tempos de pandemia, a série está de regresso para uma segunda leva de oito episódios. O primeiro já está disponível na HBO Portugal e não demorou muito para o burburinho da debuta seguir os artigos de antecipação publicados nos dias anteriores nos meios de comunicação (dois exemplos aqui e aqui). Nos Estados Unidos, a estreia atraiu mesmo 2,4 milhões de espetadores em todas as plataformas digitais da HBO Max, um recorde.

Ora, apesar de o novo episódio servir de muleta para o mais recente episódio do podcast Acho Que Vais Gostar Disto, os anfitriões — que se travaram de razões para perceber o que leva a série a ter tanto sucesso — além de caminharem por um trilho biográfico de Rue, Jules, Kat, Fezco (e restantes), questionam se “Euphoria” é a “Skins” da Geração Z ou se é algo mais virado para um mix de “Morangos com Açúcar” com "Trainspotting". A resposta? Bom, o melhor é mesmo ouvir. 

O que parece certo é que “Euphoria” não se limita a ser apenas mais um melodrama sobre a adolescência. Além das inúmeras camadas narrativas que aborda, é mais sombria, dura e crua do que as séries do género — custa de ver, por vezes. A história até pode seguir teens mas não se limita a seguir um amor shakespeariano do Secundário, que nos parece tão fatal nesta idade. A somar a tudo isto, acresce ainda que nos chega aos olhos com uma criatividade visual pujante e tecnicamente irrepreensível. 

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Créditos finais

O que aconteceu no mundo da cultura pop?

Adele. A artista britânica lançou um novo videoclip de “30”, o seu último disco, desta feita da canção "Oh My God", feita em colaboração com Greg Kurstin. É realizado por Sam Brown, que já esteve ao leme do vídeo de "Rolling in the Deep" da cantora. Espreita aqui.

Bonobo. Simon Green, DJ, produtor, músico e homem multifacetado, mais conhecido no mundo dos palcos pelo nome que reza o pequeno símio, lançou um novo disco em 2022. Chama-se "Fragments" e, segundo um elemento da equipa do Acho Que Vais Gostar Disto, é o seu melhor trabalho desde "The North Borders". Se gostas de eletrónica e tens planos para ir um bar e/ou discoteca esta noite (em Portugal voltam a abrir a partir das 22h00 de hoje) dá um pezinho de dança ouvindo o disco aqui. "Otomo" e "Rosewood" são faixas que estão aí para durar ao longo do ano (se gostares deste tipo de música).

Coachella. O festival vai regressar em abril (nos fins de semana de 15-17 e 22-24) e, a meio da semana, anunciou o seu alinhamento completo. Kanye West, Billie Eilish, Harry Styles, Megan Thee Stallion, Phoebe Bridgers, Run the Jewels, Japanese Breakfast, DJ Koze (e muitos mais) vão agraciar o regresso das festividades após sucessivos cancelamentos e adiamentos.

Kendrick Lamar & os criadores de South Park. O projeto foi anunciado em 2020, mas parece que agora é que vai! Kendrick Lamar e Dave Free vão juntar-se aos criadores de South Park (Matt Stone e Trey Parker) para produzir um filme de comédia para a Paramount Pictures (estúdio que produziu, entre muitos outros títulos, o "Titanic" ou "American Beauty".

Sandra Bullock: “Não fosse a Netflix, muitas pessoas estavam sem trabalho”. No alto dos seus 57 (!) anos e sem papas na língua, a atriz de “Bird Box” e “The Unforgivable”, ambos disponíveis na plataforma, defende a gigante do streaming. E diz mais: não fosse a Netflix e muitas histórias estavam por contar. 

SAG’s. Os prémios do Sindicato de Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild Awards) revelaram os nomeados para a edição 2022. “House of Gucci” e “The Power of the Dog” dominam nos filmes, “Succession” e “Ted Lasso”, nas séries.

Gossip, divórcio e casamento. Uma notícia triste vinda diretamente dos confins do mundo das fofocas e que certamente magoa os corações mais românticos: Jason Mamoa, o Kal Drogo, o Aquaman himself, separou-se de Lisa Bonet. Estavam juntos há 16 anos e tinham uma daquelas relações duradouras de Hollywood de fazer inveja a muita estrela (e porque não dizê-lo, ao comum dos mortais). Por outro lado, Megan Fox e Machine Gun Kelly anunciaram o seu noivado.

Tragédia de MacBeth / O Canto do Cisne. Dois filmes que deverão figurar nos Óscares e que já estão disponíveis na Apple TV+. No caso do primeiro, trata-se da estreia a solo de Joel Coen (sim, um dos irmãos famosos do cinema) em versão Shakespeare Revisited e tem Denzel Washington e Frances McDormand nos principais papéis. O segundo, segundo alguma imprensa norte-americana, é uma provável candidatura de Mahershala Ali à estatueta. A realização é de Benjamin Cleary (ganhou um Óscar pela curta-metragem “Stutterer” em 2005) e no elenco figura ainda a veterana Glenn Close.

Peacemaker. Está quase! É já no próximo domingo, dia 16, que estreia cá no burgo. Depois do filme (“The Suicide Squad”, aquele em que a Daniela Melchior rouba as atenções), das notícias que davam conta de que John Cena não despia o fato do seu herói por nada e de trailers e teasers, eis que a série de James Gunn está prestes a ficar disponível aqui no rectângulo do Atlântico na HBO Portugal. Como tal, vale a pena ler esta entrevista do criador à The Hollywood Reporter. É lá que confessa que, como nunca escreveu para televisão, se inspirou em “Better Call Saul".

Evan Rachel Wood e Marilyn Manson. O documentário que explora as acusações da atriz sobre os abusos que sofreu durante os tempos que esteve num relacionamento com o músico vai ser exibido em Sundance. É esperado que lá mais para o final do ano chegue ao streaming via HBO Max.

FICHA TÉCNICA
Produção MadreMedia

Newsletter escrita por
Abílio dos Reis, Mariana Santos, Miguel Magalhães

Grafismos
Diogo Gomes, Rodrigo Mendes

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