Acho Que Vais Gostar Disto: Vamos Todos Para o Inferno
Com tantas séries a sair diariamente torna-se difícil ser 100% original. Ora seja pelo enredo, pelos atores ou até só mesmo pela ascensão do conteúdo, facilmente damos por nós a dizer “oh, isso é só mais uma XXX”. Assim sendo, e em honra a todas a séries em que isto aconteceu, hoje vou recomendar-te a nova pseudo-“Squid Game” e um universo que faz lembrar “Game of Thrones”. Para descobrires já de seguida!
- Mariana Santos
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As séries coreanas vieram para ficar
Não foi “Squid Game” que começou a onda das produções coreanas, mas foi o fenómeno que as colocou no top de conteúdos mais vistos da Netflix. Podemos até dizer que foi uma espécie de “Parasitas” para as séries. Depois, à boleia do sucesso da série que nos dá uma versão sombria das brincadeiras infantis, houve outros conteúdos que, quer já tivessem sido lançados antes, quer tenham estreado entretanto, foram ganhando maior visibilidade em todo o mundo.
“My Name Is”, “Alice in Borderland”, “As Gods Will” e “Battle Royale” (que serviu de principal inspiração a alguns dos nomes anteriores) são exemplos desta nova tendência. Há uns dias estreou na Netflix “Hellbound”, uma série coreana que parece querer surfar a mesma onda e que, ao que parece, pode mesmo vir a ultrapassar o sucesso de “Squid Game”.
A história da série acontece num futuro não muito distante. Em Seul, na Coreia do Sul, surgiu recentemente uma nova organização religiosa chamada “Nova Verdade”, que acredita e defende que Deus vê tudo aquilo que os humanos fazem e que está especialmente atento aos pecados. Assim sendo, quando chega a hora de alguém partir, há uma aparição de um anjo, que diz em que dias e a que horas é que a pessoa vai morrer.
Acham que a pessoa simplesmente cai para o lado num dia aleatório às 3h da tarde e a morte é dada como súbita e sem motivo? Não, pelo contrário. Discrição aqui não existe. Primeiro, no dia e à hora marcada, começa por se ouvir um barulho que anuncia uma chegada. Depois, abre-se um portal e saem de lá três criaturas sobrenaturais que dão então início ao castigo. Uns murros, umas facadas, vão atirando a pessoa em questão de um lado para o outro, destroem umas coisas pelo caminho, até fazerem o movimento final: sugam a sua alma, que vai agora para o Inferno, e queimam o corpo, fazendo com que sobre muito pouco da sua presença na Terra.
Ora, isto é uma daquelas coisas que, dita, ninguém acredita. Mas tudo muda quando algumas demonstrações começam a acontecer em público, em plena luz do dia, e até são gravadas e posteriormente partilhadas na internet. É então que a Nova Verdade começa a ganhar força e mais seguidores, e chega até a surgir um grupo de fanáticos religiosos que é obcecado por descobrir os pecados de quem foi castigado e que até tenta fazer justiça pelas próprias mãos.
Bem, acho que já chega de vos contar pormenores. É boa, é muito boa. Tem 6 episódios que contam diferentes histórias e que são facilmente vistos todos de uma só vez. Difícil vai ser chegar ao fim e não ficares com o peso na consciência e a pensar “Será que eu também ia para o inferno?”.
O meu veredicto: É diferente de “Squid Game”, apesar de manter o registo de violência extrema e explícita korean style. Mas atrevo-me a dizer que, por trazer muitos dos temas de forma mais explícita, como o fanatismo, a religião ou até mesmo o livre arbítrio, “Hellbound” é de visualização obrigatória. E sim, também tem cenas com velhinhos que me partiram o coração. Para as pessoas que fazem séries e filmes só tenho isto a dizer.
Como tudo começou: “Hellbound” é, na verdade, baseado num webtoon (termo utilizado para designar uma espécie de livro aos quadradinhos publicado online) que podes espreitar aqui. Depois, o próprio criador trabalhou numa adaptação num formato de curta animada. Esta versão que estreou na Netflix é mais uma espécie de live action.
Podcast Acho Que Vais Gostar Disto
Taylor Swift deixou o mundo vermelho (outra vez)
Alguém viu o cachecol vermelho de Taylor Swift? Parece que não, mas isso não impediu que, na última semana, "Red (Taylor's Version)" fosse o álbum mais ouvido no mundo inteiro.
No final de 2020, depois de ver a sua antiga editora ser comprada, bem como os direitos comerciais dos seus primeiros seis álbuns, a artista americana decidiu regravá-los a todos, de modo a poder ter mais controlo sobre os espaços e ocasiões em que as suas canções são utilizadas.
Depois de "Fearless", "Red", que foi lançado em 2012, foi o segundo projeto a ganhar uma nova vida. Isto porque a além de novas versões das canções originais, Taylor Swift também deu aos fãs novas músicas, estendendo a duração do álbum para mais de duas horas.
O que mais se destacou foi mesmo a canção "All Too Well", que, além de merecer uma nova versão de 10 minutos, também foi alvo de uma curta-metragem realizada por Taylor Swift. Esta trouxe de volta os rumores da sua relação com o ator Jake Gyllenhaal e deu a oportunidade ao João Dinis, à Mariana Santos e ao Miguel Magalhães de não só discutirem a carreira da artista, mas também terem um momento revista cor-de-rosa no nosso mais recente episódio.
Ouve aqui o episódio e diz-nos qual é o teu álbum favorito de Taylor Swift.
Será isto um novo "Game of Thrones"?
Antes da minha segunda sugestão, aqui vai um pequeno disclaimer: Nunca vi “Game of Thrones”. Quer dizer, vi. Vi pouco mais para além do primeiro episódio da primeira temporada. No fundo, vi o suficiente para saber que não queria ver mais. Se calhar foi um mau timing, quando tentei dar uma oportunidade não estava no mood certo. E depois as temporadas foram acumulando e eu desisti ainda antes de conseguir chegar perto da desilusão da última temporada.
Mas serve este pequeno contexto para te dizer que quem faz a comparação da série baseada com a nova “The Wheel of Time” não sou eu. É a internet, os meios de comunicação e alguns críticos, que usaram este critério para falar da nova série da Amazon Prime. Ainda só saíram 3 episódios (a partir daqui há um novo a cada semana) mas vou contar-te aquilo que já sei até agora.
A história é baseada numa série de livros com o mesmo nome, da autoria de Robert Jordan, e leva-nos para um universo onde o sexo feminino é o mais poderoso. Aqui, tudo é controlado pelas Aes Sedai, uma organização de mulheres que podem usar magia. Em particular, a história apresenta-nos Moiraine (interpretada pela brilhante Rosamund Pike), uma Aes Sedai com a missão de encontrar o jovem que reencarnou o Dragão, um ser profetizado e poderoso, capaz de salvar ou destruir todo o mundo.
Pelo meio, vai encontrar vários obstáculos, muitos exércitos de trollocs (uma espécie de trolls com um nome diferente) e vai ter ainda o papel de passar a responsabilidade a um dos seus potenciais “Dragões”, que acredita não passar de um comum mortal.
Então mas porquê esta comparação? Como deves desconfiar, não sou a melhor pessoa para te contar. Por isso, deixo-te aqui este artigo do New York Post.
Conta-me a tua opinião: Achas “The Wheel of Time” parecido a “Game of Thrones”? Diz-me o que achas respondendo a esta newsletter ou através das nossas redes sociais.
Créditos Finais
A estreia da semana: Mal posso esperar por ver “House of Gucci”, que chega aos cinemas no dia 25 de novembro. Vê aqui o trailer.
É Desta Que Leio Isto: O clube de leitura está de volta e desta vez prepara-se para receber Filipe Melo, que vem falar de Juan Cavia. Também te queres juntar? Inscreve-te aqui.
Vem aí um novo festival de música?!: Chama-se Kalorama e promete em 2022 trazer a Lisboa nomes como Arctic Monkeys, The Chemical Brothers e Chet Faker. Descobre mais aqui.
Boas leituras: Como última recomendação, deixo-te com um artigo sobre os 30 anos da morte de Freddie Mercury e outro sobre “30”, o novo álbum de Adele, ambos da autoria do Paulo André Cecílio para o SAPO24.
Grammys 2022: Já se sabe quem são os nomeados para os grandes prémios da música! Espreita aqui a lista completa.
Não te esqueças
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Esperemos que gostes disto!
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