Acho Que Vais Gostar Disto: Nas mãos da morte
Se acabaste “Squid Game”, já esgotaste todas as tuas lágrimas com “Scenes From A Marriage” e não estás no mood para ir rever “Seinfeld”, então hoje tenho duas novas sugestões para ti. A primeira é uma série inspirada numa história macabra real e a segunda é uma série de que o público parece estar a gostar, mas que eu ainda estou a descobrir. Para ler já de seguida.
- Mariana Santos
Também estamos nas redes sociais! Segue-nos no Instagram em @vaisgostardisto e no Twitter em @vaisgostardisto.
Enviaram-te esta newsletter?
O disclaimer mais assustador
Se, por um lado, eu adoro séries e filmes que sejam thrillers viciantes, por outro, confesso que nada me assusta mais do que aquele aviso inicial que diz algo como “A história que se segue é baseada em factos reais”. Claro que quando falamos de assassinos ou serial killers eu sei que eles existem no mundo real, basta ver as notícias. Mas acho que este tipo de enredo ganha uma dimensão muito maior quando nos fala de pessoas com as quais nos podíamos cruzar no dia a dia e das quais nunca íamos desconfiar. E fica pior ainda quando essas ‘personagens’ têm algum tipo de papel ou poder na sociedade.
Por exemplo, esta sensação de desconforto já tinha estado presente quando vi “Ratched”, na Netflix. Ainda que as atrocidades cometidas pela enfermeira Mildred Ratched não sejam reais, a verdade é que a esta é baseada numa pessoa com a mesma profissão e uma personalidade semelhante. Portanto, no final do dia, isto é ficção, mas nem tanto.
Mais recentemente, outra série que também despertou em mim este pressentimento foi “Dr. Death”. Por um lado, o nome já nos prepara para algo de macabro, mas aliada a um bom enredo está uma série bonita, viciante e com caras conhecidas. Aqui, a personagem principal é o Dr. Christopher Duntsch, um neurocirurgião que acabou de chegar a um novo hospital. Ainda que o currículo de Duntsch pareça impressionante, rapidamente os seus colegas se começam a aperceber de que algo não está bem com o médico.
As suas cirurgias, aparentemente simples, acabam por se complicar e todos os seus pacientes saem do bloco operatório com um estado clínico ainda mais grave do que aquele com que entraram, e dois deles chegam mesmo a falecer. Conforme os casos se vão acumulando, dois dos seus colegas unem esforços para investigar o seu historial e perceber porque é que tudo isto acontece e porque é que passou despercebido durante tanto tempo.
Ao longo dos episódios, à medida que o caso se vai desenrolando e as consequências dos atos do médico se tornam notórias, vamos também tendo flashbacks até do passado do Dr. Duntsch. Da sua carreira promissora como jogador de futebol americano até à relação instável que tem com os pais, vamos descobrindo vários traços da sua personalidade egocêntrica, narcisista e sociopata e vamo-nos apercebendo de que estamos perante uma pessoa que não tem escrúpulos.
O pior de tudo no meio disto? É que esta é daquelas séries cujos enredos são softs o suficiente para serem possíveis de acontecer e sinistros que baste para os temermos na vida real.
Mas, afinal, o que é que é real?: Bem… quase tudo. Christopher Duntsch existiu, foi um neurocirurgião americano que se suspeita de que, em menos de dois anos, tenha ferido 33 pacientes, causando a dois deles danos mortais. Felizmente, em 2017, a sua licença foi retirada e o médico foi condenado a prisão perpétua.
Caras conhecidas: A personagem principal é interpretada por Joshua Jackson (também conhecido pelo trabalho em “The Affair”) e as personagens dos dois colegas que se unem para investigar o caso ficaram a cargo dos atores Alec Baldwin e Christian Slater.
Onde ver: A minissérie tem 8 episódios e estão todos disponíveis na HBO Portugal.
Podcast Acho Que Vais Gostar Disto
“007 – No Time to Die” estreou há uns dias e, só no primeiro fim de semana, fez 120 milhões de dólares, o melhor resultado de bilheteira de um filme desde o início da pandemia (sem ter estreado ainda na China e nos Estados Unidos). Com o genérico na voz de Billie Eilish, a despedida de Daniel Craig como 007 foi o tema do último episódio do podcast onde os fanáticos Miguel Magalhães e João Dinis se debateram com a cética Mariana Santos.
Este é o 25º filme da saga, desde 1962, e o 5º de Daniel Craig, que protagonizou o espião inglês durante 15 anos (um recorde). Nesta nova aventura, já reformado, James Bond vai ser obrigado a voltar ao ativo para salvar o mundo de um vírus mortal. Calma, o filme foi gravado entre 2018 e 2019, portanto qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
Estima-se que uma em cada cinco pessoas do planeta Terra já tenha visto pelo menos um filme do James Bond, o que prova, por um lado, a ligação forte que temos, enquanto Humanidade, à personagem, mas, por outro, a dificuldade e pressão que é escolher o próximo ator que a vai representar. Neste episódio, tentámos apostar quem é podia ser.
A Fruut Gosta Disto
Quem é que precisa de pipocas?
Aqui vai uma ideia inovadora: a companhia perfeita para os teus filmes ou as tuas séries favoritas podem ser snacks saudáveis. Há mais de 50 anos que a Fruut produz fruta fresca e a faz chegar até ti na forma de snacks 100% naturais, sem açúcares adicionados e sem falsas promessas.
E sabes qual é a melhor parte? Podes recebê-los em casa através de um serviço de subscrição como aquele que tens da Netflix, da Disney+ ou da HBO.
Vai à loja online da Fruut e descobre como podes ter todos os meses os seus produtos entregues à tua porta.
*Este conteúdo contem links afiliados o que significa que por cada venda que conseguirmos gerar através deste links há uma comissão que servirá para apoiar a nossa newsletter.
As estatísticas dizem que é bom… Mas porquê?
Ora, sempre que estou na dúvida sobre que série ou filme ver, quer seja para te falar aqui na newsletter, quer seja para entretenimento próprio, gosto sempre de consultar os tops das plataformas de streaming mais conhecidas. Começo por ver o que é que está a ser mais visto, vou espreitar o que é que se diz nas redes sociais e, depois de uma breve análise, salto para o primeiro episódio. Normalmente, antes de carregar no play já sei mais ou menos o porquê do sucesso daquele conteúdo, o que acaba por me ajudar a gerir expectativas quando decido aventurar-me.
Mas de vez em quando aparece uma ou outra sugestão que me deixa intrigada porque não consigo perceber ao certo quais são os seus pontos fortes. Neste caso, o melhor remédio é mesmo ver por mim mesma. E foi isso que fiz com “Criada”. A série estreou na Netflix no início do mês e todos os dias foi subindo no pódio dos 10 conteúdos mais vistos da plataforma.
A sinopse pouco ou nada me dizia sobre aquilo que me esperava. Em suma, esta é a história de Alex, uma jovem mãe que fugiu de casa para sair do seu relacionamento tóxico e que se faz à estrada com a filha no colo e com pouco mais do a roupa que tinha no corpo. Agora, são só elas as duas e Alex tem de fazer tudo para dar as melhores condições possíveis à filha. Começa por trabalhar como empregada de limpeza, mas parece que os obstáculos que tem pela frente não ficam mais fáceis de ultrapassar só porque já tem trabalho.
Episódio atrás de episódio, vamos percebendo os desafios desta mãe solteira e vamos mergulhando na profundidade dos traumas do seu passado.
Um detalhe que me despertou a curiosidade desde o início: Achei muito interessante que sempre que Alex esteja, por exemplo, às compras, apareça um número na lateral da imagem, como aquele que vemos quando consultamos o saldo na nossa conta bancária. Pode parecer um apontamento pequenino, mas ajuda a dar a sensação de que esta jovem mãe luta todos os dias para colocar pão na mesa.
E porque é que está a fazer tanto sucesso? A resposta é fácil: é uma história de superação, é relatable e emociona sem grandes esforços quem é de lágrima fácil. A verdade é que o fator wow que eu tanto procurei nas reviews que li esteve sempre ali à minha frente. Ainda só vou no quarto episódio (a série tem 10) mas já começo a perceber isso. (Não preciso de dar o ‘Alerta: Lenços de papel por perto’, pois não?)
Créditos Finais
It’s me, Mario!: O novo filme do Super Mario só chega no final de 2022, mas Chris Pratt decidiu dar nos últimos dias um teaser (falso) aos fãs do canalizador mais querido do mundo. Espreita aqui!
Descoberta musical da semana: Há uns dias celebrei o regresso aos festivais de música e fui ao Iminente. Já conhecia o Pedro Mafama, mas confesso que o concerto do artista foi uma agradável surpresa.
Foi bom enquanto durou: O YouTube anunciou nos últimos dias que não ia haver mais YouTube Rewind ao final do ano. Para mim, que acompanho a plataforma praticamente desde o início, é uma pena. Por isso, em homenagem, vou recordar o YouTube Rewind de 2018, que se tornou no vídeo com mais dislikes do YouTube.
➡️ Também queres dizer "Acho Que Vais Gostar Disto"?
Envia esta newsletter aos teus amigos e eles poderão subscrevê-la
🖋️ Tens recomendações de coisas de que eu podia gostar? Ou uma review de um dos conteúdos de que falei?
Envia para mariana.santos@madremedia.pt