Acho Que Vais Gostar Disto: O sítio onde são feitos os pesadelos
Há alturas em que as nossas plataformas de streaming favoritas nos enchem de séries e filmes que preenchem tanto os tempos livres como as horas em que devíamos estar a dormir. Há também fases como esta, em que poucos são os lançamentos que nos cativam o suficiente para os querer devorar. Por isso, na edição de hoje, vou fazer-te uma seleção de três séries boas que podes ir vendo até que as plataformas nos dêem coisinhas novas.
- Mariana Santos
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Cuidado com aquilo que desejas
Séries sobre dramas familiares, quem nunca?! Discussões entre casais, desentendimentos entre pais e filhos, adultos com crises existenciais, tudo guilty pleasures onde nos adoramos perder, e algo em que “Breeders” é especialista. Com um estilo de humor ácido e pouco explícito, transporta-nos diretamente para o lar da família Worsley, onde Paul e Ally moram com os seus filhos Luke e Ava.
Como em qualquer família normal, aqui nada é perfeito e também há alguns atritos, mas nem sempre o casal sabe mediar as relações e as discussões familiares. Entre o sentimento de culpa por se irritarem com algo que sempre desejaram (ser pais) e a felicidade que os rebentos lhes trazem, vivem num paradoxo que parece ser dificultado por tudo o que os rodeia. É que, para além de pais, também eles são filhos, e também eles deram um dia aos seus progenitores as dores de cabeça que Luke e Ava lhes dão agora.
A série foi criada por Martin Freeman, que também protagoniza a personagem principal, Paul, e admitiu que o enredo baseia-se um pouco na sua experiência pessoal. E, apesar de eu não ser mãe, atrevo-me a dizer que não foge muito daquilo que todos nós vivemos, independentemente do papel que desempenhamos na vida real. Ideal para pais, para filhos, e para filhos que desejam um dia ser pais.
Mesmo a tempo: A segunda temporada da série chegou há pouco mais de um mês à HBO e todas as semanas tem lançado novos episódios.
A dose perfeita de drama e comédia: Se acompanhas esta newsletter há algum tempo e és atento, sabes que eu aprecio muito séries com episódios que não são muito longos. Os cerca de 25 minutos de duração são a dose perfeita.
Tardes de domingo sem séries?
A minha próxima sugestão é para todos aqueles que, assim como eu, devoraram as séries da categoria "domingo à tarde no sofá". Estou a falar para ti que, tal como eu, acompanhaste de perto títulos como “Castle”, “Lei e Ordem”, “Clínica Privada” e “Chicago Fire”. Se o alinhamento da Fox Life já não satisfaz a tua necessidade de ficção de conforto, a Disney+ tem uma opção deste tipo de universo que combina na perfeição com um pote de gelado.
O nome “Station 19” diz-te alguma coisa? Se nunca ouviste falar desta série de ação norte-americana, eu conto-te tudo (sem spoilers) para te abrir o apetite. À semelhança de “Chicago Fire”, o enredo principal passa-se num quartel de bombeiros e acompanha o dia a dia da vida pessoal e profissional de quem lá trabalha. Mas esta não é só uma série qualquer sobre bombeiros (e é agora a altura em que vou começar a falar ao coração de muitos de vocês).
Da autoria de Stacy McKee e produzida também por Shonda Rhimes e Betsy Beers (também responsáveis por “Scandal”), “Station 19” é um spin off de “Anatomia de Grey”, que é praticamente impossível não conheceres. A série ficou recentemente disponível na plataforma de streaming da Disney e não precisas de te preocupar com a duração. Estão disponíveis quatro temporadas, que prometem ocupar as tardes com muito drama e emoção.
Será que à 18ª é de vez? Por falar em spin offs, a série “Anatomia de Grey” foi recentemente renovada para mais uma temporada. Sim, exato, outra. A produção já conta com 18 temporadas e eu só me pergunto onde é que se vai buscar tanta criatividade para criar um enredo à volta de um hospital.
Nova Iorque, sítio onde são feitos os pesadelos
Há poucas verdades universais no mundo, mas certamente que uma delas é que ninguém bate a Netflix na arte de fazer séries e filmes documentais de true crime. E provas não nos faltam. Uma das mais recentes chegou nos últimos dias à plataforma de streaming, passou para o top de conteúdos mais vistos e, desde então, que não saiu de lá.
Chama-se “Os Filhos de Sam” e, se no início a história parece demasiado macabra para ser real, com o desenrolar dos episódios só fica pior. Tudo começa quando, no final dos anos 70, as ruas de Nova Iorque parecem ser assombradas por um assassino em série que mata em condições muito específicas. As suas principais vítimas são raparigas de cabelo castanho, comprido, e quase todas estão em circunstâncias semelhantes quando são atingidas pelo tiro mortal: estão dentro do carro com os seus namorados ou companheiros, a desfrutar de um momento romântico.
Como é natural nestas circunstâncias, a polícia dedica-se ao máximo à investigação e não descansa até encontrar um culpado, mas não demora muito até que o próprio se chegue à frente e comece a enviar cartas provocatórias, quer à polícia, quer a jornalistas que se estão a dedicar à investigação do caso. Assina como “O Filho de Sam” (o que já nos dá algumas pistas sobre o nome da série) e, depois de retratos robot e de uns deslizes “acidentais”, há um homem que é preso e declarado culpado. Mas, mesmo depois de estar atrás das grades, o caso não está encerrado, e tudo porque a vontade da polícia em resolver o caso fez com que deixassem escapar vários detalhes.
Mas isto é muito mais do que uma história sinistra sobre criminosos nos Estados Unidos nos anos 70 e 80. É uma história que nos mostra como a crise financeira, a falta de organização nas entidades de segurança e a exploração mediática sem escrúpulos podem ser ingredientes que, quando misturados, resultam num massacre satânico que nem a mente mais criativa poderia inventar.
Um detalhe brilhante: Ao longo dos quatro episódios disponíveis, a história vive de testemunhos de polícias, jornalistas ou até mesmo pessoas que se recordam dos acontecimentos relatados. Mas o grande fio condutor desta série documental é a narração feita por Paul Giamatti, que nos fala como se fosse Maury Terry, um jornalista que se dedicou a fundo ao caso.
Ligações que não lembram ao diabo: A Igreja Católica, o sacrifício de vários animais, várias organizações satânicas e até o conhecido caso de Charles Manson são algumas referências desta história que abre a porta para um universo obscuro que muitos desconhecem.
Créditos Finais
Lupin está de volta: A primeira temporada chegou em janeiro, mas fez tanto sucesso que a Netflix não tardou em anunciar mais. A segunda temporada de “Lupin” já está confirmada, tem data de estreia marcada para 11 de junho e até já tem trailer. Espreita aqui.
Feiticeiros procuram-se: Foi anunciado um evento que vai desafiar os grandes fãs de Harry Potter. Organizado pela empresa CluedUpp, chama-se “Witchcraft & Wizardry”, está marcado para o dia 14 de agosto e a premissa prende-se por um conjunto de quebra-cabeças que podes resolver pelas ruas de Lisboa. Curioso? Descobre mais aqui.
Em contagem decrescente: Depois de quatro anos de espera, no dia 14 de maio vamos ficar finalmente a conhecer o novo álbum de J. Cole, “The Off-Season”. Até lá, e para nos dar um tease do que aí vem, o artista já lançou esta música e um documentário, que podes ver aqui.
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